O Brasil é o principal país no mercado para o aplicativo de carro particular Cabify, mas esse ano não vem rendendo bons frutos para a empresa. Após perder o presidente e o diretor de RH, respectivamente Fernando Matias e Rafael Cardoso, que deixaram o grupo Maxi Mobility, que controla o Cabify e o Easy Táxi, a empresa acabou sofrendo uma baixa no país.

A coisa ficou complicada para nível mundial também, depois que 10% dos 1800 funcionários foram demitidos após uma reestruturação. As perspectivas ficaram mais baixas também devido ao investimento que era esperado e não chegou por completo. A empresa achava que conseguiria 500 milhões de dólares para investir, sendo que desse dinheiro, 200 milhões serviriam para serem investidos no Brasil.

Cabify não consegue melhorar o serviço por problemas operacionais.

No entanto, a empresa chegou a receber somente metade desse investimento, que acabou sendo insuficiente para as ações de marketing, que poderiam, por exemplo, divulgar o serviço e melhorar a situação da empresa.

Ainda assim, em termos de ações de marketing, a empresa chegou a promover o serviço ao fazer uma promoção sorteando um carro zero e viagens internacionais aos usuários. Para fazer parte dessa promoção os usuários ganhavam um número da sorte a cada corrida realizada.

Mesmo em tempos "bons" a Cabify não conseguiu alcançar a concorrente Uber e outros apps, pois enquanto a empresa fazia 3,5 milhões de corridas, a Uber realizava um número de pedidos 20 vezes maior. Outra comparação que serve de exemplo: a holding Maxi Mobility possui carteira de 13 milhões de clientes no mundo enquanto a Uber possui só no Brasil, 17 milhões de clientes.

Supostamente, a regulamentação de aplicativos de transporte pelo Governo Federal, que veta várias burocracias do radar, deveria ter ajudado o Cabify. Porém, a empresa teve uma implementação mais burocrática ainda no país, pois em paralelo ao 99Táxis e Uber, o primeiro credencia táxis já funcionais e o segundo tem cobertura total logo ao chegar em uma cidade.

As áreas cobertas pelo aplicativo na cidade do Rio.

Quando chegou ao Rio de Janeiro em 2016, o aplicativo cobria apenas algumas áreas selecionadas da cidade. Até hoje, depois de dois anos operando, a empresa não abrange toda a capital. Isso pode piorar mais ainda caso o prefeito Marcelo Crivella (PRB) botar em prática a ideia de regulamentar de forma rigorosa os aplicativos de transporte.

Fonte: Tudocelular