Parece que a Amazon não cansa de revolucionar mercados tradicionais e destruir concorrências (e eu falo isso no bom sentido). Ela já reconfigurou o modo como compramos coisas na internet, desde os tradicionais livros e outras coisas comuns até móveis, comida fresca, serviços de armazenamento baseados na nuvem entre muitos outros.

A fórmula seguida por Jeff Bezos parece ser a de estar sempre focando no não-convencional. Por isso a nova aposta é introduzir sua marca e cultura empresarial em um dos ramos mais avesso à mudanças e sensíveis de um mercado: planos de saúde. Isso mesmo. Em uma parceria de peso, a Amazon anunciou que irá trabalhar com a Berkshire Hathaway (fundo criado e mantido por Warren Buffet) e a JPMorgan (o maior banco dos Estados Unidos).

As informações até o momento são bastante vagas, mas dão conta de uma empresa independente, com nome ainda não  divulgado, que oferecerá serviços de saúde aos funcionários das empresas a um custo menor do que o praticado pelas tradicionais companhias. O empreendimento será gerido mais como uma empresa sem fins lucrativos, do que uma entidade com foco no lucro.

O mais incrível de toda essa história é que o valor de mercado das 10 maiores empresas de planos de saúde e farmacêuticas caiu US$ 30 bilhões combinados somente nas duas primeiras horas de negociação na bolsa naquele dia. A mais afetada, a seguradora MetLife teve uma queda de cerca de 10% na manhã daquele dia.

Movimentação das 10 maiores na manhã do anúncio de Bezos

No comunicado Jeff Bezos disse que "O sistema de saúde é complexo, e entramos neste desafio com os olhos abertos sobre o grau de dificuldade. Por mais difícil que seja, reduzir a carga da saúde sobre a economia, ao mesmo tempo em que melhorará os resultados para os funcionários e suas famílias, valerá o esforço. O sucesso exigirá especialistas talentosos, a mente de um iniciante e uma orientação a longo prazo ".

Warren Buffett foi mais assertivo e comparou os gastos de cuidados de saúde nos EUA com "uma tênia na economia americana". Lembrando que o país vive uma crise com o seu sistema de saúde já que o presidente Donald Trump tenta reverter o chamado "Obamacare", uma lei que extendia os serviços básicos a quem não tinha condições de pagar pelos caros planos privados.

Como a nova empreitada proporcionará assistência médica mais barata aos 1,2 milhão de funcionários das empresas participantes ainda não está claro nesta proposta inicial. O que se sabe é que a ela aproveitará "soluções tecnológicas" que fornecem "cuidados de saúde simplificados, de alta qualidade e transparentes a um custo razoável".

Agora é só aguardar e torcer pra Amazon ajudar nosso dia a dia mais uma vez. Amazon <3