De acordo com o diretor-chefe da companhia responsável pelo foguete, Elon Musk, a queda foi causada em virtude de uma escora de aço com 60 cm de comprimento, peça fornecida por uma companhia que não teve o seu nome revelado, segundo Musk, essa peça jamais poderia falhar: "Isso é algo que jamais deveria ter falhado nesse nível de pressão". De acordo com as declarações do responsável pela SpaceX, a escora parecia ter sido fabricada de forma incorreta.

O foguete não tripulado Falcon 9, da empresa espacial privada SpaceX, explodiu minutos após a decolagem em Cabo Canaveral, na Flórida (sul dos Estados Unidos) no dia 28 de junho.

A peça em questão segurava um tanque de gás Helio pressurizado e resfriado por oxigênio líquido, que servia como combustível para o motor do foguete. Musk afirma também que a Dragon até poderia ter sido salva, desde que o software tivesse acionado o paraquedas, componente que também falhou.

"A Dragon poderia ter sobrevivido; estamos acrescentando programas adicionais para que a espaçonave sempre tente se salvar em casos como este, é muito complicado definir esse tipo de situação corretamente, a única forma de testar sem erros, seria ter uma centrífuga enorme, algo que não existe na Terra".

O executivo acredita ainda que a companhia relaxou após vários lançamentos realizados com sucesso. "A Space X como um todo, acredito que aceitou tudo após termos conseguido com êxito o lançamento de vinte viagens ao espaço, algo que não deveria ter acontecido, mas isso é importante, pois servirá de lição para o futuro".

Em relação ao assunto, Musk revelou que sempre solicita para seus colaboradores que o informem a respeito de qualquer possibilidade de um teste não ser executado com sucesso. "Solicito a eles que me liguem no celular se for preciso, mesmo se seus supervisores não concordarem; isso até parece paranoia da minha parte na grande maioria das vezes", completa ele. A SpaceX revela que o acidente não afetará o contrato que tem com a Agência Espacial Norte Americana - NASA.

Segundo informações do site The Verge, o teste da próxima geração do foguete da empresa, o "Falcon Heavy", foi adiado para o início do próximo ano.