Bom, vamos ao entendimento; o "cheiro da chuva" denominado por pesquisadores de "petricor" foi explicado cientificamente por engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT e publicado em um artigo na última semana na revista Nature Communications.

Graças ao auxílio de câmeras de alta velocidade, os estudiosos descobriram que o misterioso cheiro da chuva não é muito diferente das borbulhas de um refrigerante ou de uma taça de champagne.

Segundo os mesmos, as gotas da chuva quando se precipitam em baixa velocidade ou em velocidade moderada e atingem uma superfície porosa, como a terra, formam pequenas bolhas de ar que ficam presas nestes minúsculos poros; ao serem liberadas na superfície da água, elas liberam também elementos aromáticos do solo na forma denominada de "aerossóis", que nada mais são que partículas líquidas ou sólidas muito pequenas que podem se dispersar em forma de gás, como fumaça ou poeira.

Ao serem dispersas no ar, essas partículas se espalham pela atmosfera por meio do vento e de acordo com os estudos, os chamados aerossóis podem carregar não somente os compostos que geram o famoso cheiro de chuva, mas também bactérias e vírus armazenados no solo.

Para o coautor da pesquisa, Youngsoo Joung, os resultados obtidos com a pesquisa poderão vir a explicar como algumas doenças vinculadas ao solo de espalham, onde ele declara dizendo o seguinte: "A pesquisa deve ser uma ótima referência para os futuros estudos, iluminando micróbio e químicos existentes dentro do solo e demais materiais naturais ali existentes, além da forma de como esses materiais são entregues ao ambiente e aos humanos".

Os pesquisadores do estudo realizaram cerca de 600 experimentos em 28 tipos de superfície, onde 16 foram em diferentes tipos de solo e 12 em materiais artificiais. Os materiais foram colocados em tubos separados e tiveram eles sua permeabilidade medidas através da adição de água; em um segundo plano, os estudiosos testaram o impacto dos pingos em diversas velocidades e monitoraram a liberação de aerossóis através de câmeras de alta velocidade.

Assim sendo, os pesquisadores descobriram que um dos grandes fatores da liberação do "cheiro da chuva" se deve a velocidade da gota, a permeabilidade do solo e a geração de aerossóis. A melhor condição para a liberação do aroma de chuva se deve a velocidade dos pingos da mesma, que não devem ser muito rápidos e nem muito devagar, além disso, o solo também não deve estar muito seco e muito molhado, assim, se todos os fatores estiverem ligados, o aroma surge na natureza.

Aqui você poderá assistir a um vídeo que explica melhor o estudo: