A Informação correta, como já estudamos, é o que permite tomar decisões eficazes, corrigir rumos, adequar-se às oscilações econômicas e antecipar-se às necessidades dos seus clientes.

Com base nisso, os estudiosos do assunto apostam na proliferação de projetos de BI nos próximos anos. Apesar de existir a necessidade e o interesse por parte das empresas, no entanto, esse segmento não está decolando conforme o previsto. Qual é a razão disso?

Infelizmente são muitas. A mais importante e significativa refere-se ao grande temor pelo fracasso. As pesquisas revelam que mais da metade dos projetos de BI não são concluídos, ou fracassam, consumindo milhões sem trazer os resultados esperados. Isso acontece por uma sequência de erros, a começar pelo desconhecimento do que de fato é BI.

Em parte, os fornecedores de soluções têm uma certa culpa por essa desinformação do mercado. Na volúpia de vender produtos, muitos desenvolvedores de ferramentas de extração e de análise de dados tentam empacotar essas soluções e oferecê-las nos moldes dos sistemas de gestão empresarial

A adoção de um sistema ERP requer uma mudança de cultura interna da organização.Porém, os conceitos de BI, ao contrário do ERP, não modificam a forma de trabalhar da empresa de forma tão radical, mas se adequam a ela e estão intimamente atrelados à estratégia de negócios.

BI deve ser entendido como qualquer atividade voltada à extração e análise de dados para facilitar e agilizar a tomada de decisão. Pode-se fazer isso apenas com pessoas e nenhuma tecnologia, como já faziam há centenas de anos os fenícios, egípcios e várias civilizações do Oriente.

No mundo corporativo é óbvio que a tecnologia veio a facilitar todo o trabalho de extração, filtragem, limpeza, armazenagem, disponibilidade e personalização dos dados, contribuindo também para reduzir o tempo para execução dessas e demais tarefas. O problema é que as empresas já estavam acostumadas a tomar decisões e a lidar com grande quantidade de dados muito antes das ferramentas de BI serem desenvolvidas. Por isso, o esforço de se implementar um projeto é justamente o de inserir ferramentas e soluções sobre o que já existe.

Os usuários finais também precisam ser treinados e capacitados para saberem lidar com as novas ferramentas. Em nosso próximo encontro continuaremos nosso papo.