Assim como a abordagem do Spotify, o YouTube resolveu colocar ainda mais anúncios considerados chatos entre as músicas, para fim de fazer os usuários pagarem pelo serviço de música por assinatura da empresa. O serviço deve se chamar Remix e está para chegar neste ano.

O serviço une o serviço de assinatura de vídeo YouTube Red com o Google Play Music. Essa nova proposta serve para oferecer música e vídeo em um só lugar, com intenção de simplificar a série de produtos de streaming confusas do YouTube que ao longo dos anos foram renomeadas e relançadas.

YouTube Red (foto: The Verge)
YouTube Red (foto: The Verge)

Para aqueles que utilizam a plataforma diariamente para escutar músicas ou assistir videoclipes, vai encontrar mais anúncios irritantes, até no meio dos vídeos. Segundo Lyor Cohen, diretor global de música da empresa: "você não vai ficar feliz depois de tocar ‘Starway to Heaven’ e ganhar um anúncio logo depois disso", disse ele em uma entrevista no South by Southwest Music Festival.

O YouTube sempre causou contestação diante do dano que a plataforma causa na indústria fonográfica, e sobre isso eles estão empenhados a mostrar que querem fazer as pessoas pagarem pela música. Esse assunto é pauta das gravadoras, que criticam a plataforma por hospedar vídeos que violam os direitos autorais e não pagam devidamente o valor para artistas e gravadoras.

A empresa também quer equilibrar o contrapeso à crescente influência do Spotify e da Apple Inc, que são os principais serviços de música on-line do momento, e geram uma receita significativa para a indústria. Segundo Cohen, o YouTube gerou uma receita estimada em US $ 10 bilhões no ano passado, tudo graças à publicidade. A ideia da empresa é que com a venda de assinaturas, eles poderiam ganhar ainda mais.

O diretor quer fazer dar certo desta vez, já que antes de sua chegada, o YouTube havia tentado vender seus serviços de música paga com pouco a mostrar. Lyor Cohen conta com 30 anos trabalhando em gravadoras, e já foi gerente de estradas para o Run-DMC e executivo sênior do Warner Music Group.

Cohen garante que desta vez será diferente e que o novo serviço, já usado por funcionários do Google, pretende "frustrar e seduzir" os usuários do serviço gratuito do YouTube. O serviço pago vai incluir vídeos exclusivos, playlists e outras ofertas feitas para agradar o público amante da música. As informações são do The Verge e Bloomberg.