Na terça-feira (13) foi anunciado no evento South by Southwest 2018, que o YouTube quer começar a combater a má informação dos vídeos, com conteúdo importado do Wikipédia. O conteúdo serviria para contestar os vídeos sobre teorias da conspiração e as fake news, que geralmente exibem algumas ideias malucas que acabam sendo propagadas internet afora.

A CEO do YouTube, Susan Wojcicki, informou no evento que o recurso chamado de "information cues" (sugestão de informação) será exibido nas próximas semanas. O vídeo vai ter o tema de teorias absurdas e o recurso vai aparecer para sugerir informações enquanto rodar as imagens. É aí que o Wikipédia entra, ajudando a combater o efeito negativo deixado, sendo utilizado como doador de conteúdo e informações corretas.

No evento, em uma demonstração de como serão as sugestões de informação nos vídeos, podemos ver que é abaixo do player do vídeo que uma caixa com o conteúdo vai aparecer, o título do vídeo fica embaixo. Inicialmente, as dicas só serão incluídas em vídeos das teorias mais famosas, como a ida à lua e as chemtrails, diz Wojcicki.

Mesmo isso sendo uma iniciativa bem pensada, houve um ponto em que o YouTube falhou. Ontem (14), no Twitter do Wikimedia foi publicado uma declaração em nome do Wikipédia sobre os anúncios do YouTube. No evento antes citado, Wojcicki deu a entender que esta seria uma parceria com o Wikipédia, no entanto, nenhum acordo foi feito entre as duas empresas.

Sobre isso, está dito no texto do Wikipédia que qualquer indivíduo, empresa e organização não precisam de parcerias e autorização para usar as informações que o site fornece, porém, afirma que "nem a Wikipédia nem a Fundação Wikimedia fazem parte de uma parceria formal com o YouTube. Não nos deram qualquer aviso prévio sobre esse anúncio."

O anúncio ainda acrescenta que a plataforma é totalmente aberta para compartilhar conhecimentos, e todo o conteúdo ali presente só se mantém com a doação de mais de seis milhões de usuários do mundo todo. No caso das empresas, estão livres para utilizarem da plataforma, sem pagamentos, mas ao mesmo tempo encoraja essas organizações a retribuírem com alguma espécie de doação por estarem usufruindo do conteúdo de graça.

Até agora, o YouTube ainda não se pronunciou, e não se sabe qual será sua abordagem ou ação.