O Twitter acabou por suspender mais de 486 contas sob acusação de engajar em manipulação coordenada de informações. A ação segue com o mesmo propósito da semana passada, quando a empresa realizou a suspensão de mais de 284 contas. O motivo que impulsionou tal decisão é o mesmo, páginas e perfis de determinados usuários que aparentemente são independente, mas na verdade é uma rede de informação controlada, na maioria das vezes com o objetivo de manipular a opinião política de cidadãos, assim como a opinião pública sobre alguns temas.

Nesta semana, o ponto de partida para remoções foi a identificação de comentários divisivos, como notícias falsas e retórica anti-Trump. Com isso, o Twitter, por intermédio da sua conta @TwitterSafety, informou "Assim como em investigações passadas, estamos comprometidos a nos engajar com outras empresas e entidades de autoridade da lei. Nosso objetivo é auxiliar investigações dessas atividades e, onde possível, levar a público a transparência e o contexto de nossos esforços. Desde o seu início na última terça-feira, nós continuamos nossas investigações, ampliando a nossa compreensão dessas redes. Assim sendo, nós suspendemos 486 outras contas por violar as políticas determinadas na última semana. Isso eleva o total de suspensões a 770".

O Twitter já vem sendo cobrado a algum tempo sobre a disseminação de conteúdos questionáveis na rede. Agora, parece que a companhia resolveu tomar algumas medidas preventivas, banindo algumas contas da plataforma. Podemos citar como exemplo o caso Alex Jones, apresentador do canal Infowars e uma voz da extrema direita conspiracionista americana, onde a rede acabou deixando Jones em modo leitura, sendo assim, o usuário não poderia mais criar conteúdo e interagir pela plataforma durante determinado período, enquanto isso, outras plataformas semelhantes optaram por bani-lo.

Ao adotar medidas mais duras no que se refere a segurança, o Twitter acabou tendo uma queda significativa de usuários ativos, registro feito na última conferência de resultados. No segundo semestre, a plataforma teve uma redução de um milhão de usuários mensais, fato que deixou os investidores com receio, embora a companhia ainda tenha obtido lucro de US$ 100 milhões.

Vale ressaltar que o Twitter juntamente com a Google e o Facebook, no dia 05 de setembro serão questionados pelo Senador Mark Werner e por demais políticos que fazem parte da Comissão de Inteligência do Senado, sobre como o uso de suas plataformas por outros países pode influenciar a política nos Estados Unidos.

Fonte: Techcrunch