Aproveitando a temporada de compras de fim de ano, Amazon e Google reduziram significamente o preço de seus alto-falantes inteligentes. Dessa forma acirrando ainda mais a concorrência e abrindo uma larga vantagem sobre a Apple com o seu HomePod atrasado.

Amazon Echo Dot.

No modelo de entrada, a versão menorzinha dos dispositivos, o preço chegou a cair mais de US$20, passando de US$50 para US$29, isso nos modelos Amazon Echo Dot e no Google Home Mini. Os modelos intermediários das duas marcas custam pouco mais que o dobro.

Enquanto isso a maçã ainda não conseguiu começar a vender seu alto-falante, que por sinal vai custar quase 12x mais que os modelos de entrada das concorrentes. O dispositivo era para ser lançado em 2017, porém a previsão passou para início de 2018.

HomePod da Apple, com lançamento previsto para os primeiros meses deste ano.

Analistas afirmam que o plano da Apple com o lançamento do dispositivo é aumentar as assinaturas do Apple Music, serviço de streaming de música da maçã. É provável que com o equipamento o usuário tenha uma experiencia muito legal com o Siri, recebendo recomendações musicais do assistente de voz da Apple. Ao mesmo tempo que a Apple tem essa intenção, Amazon e Google querem proporcionar a seus consumidores as experiências com seus assistentes digitais, Alexa e Google Assistante, respectivamente, porém a preços muito menores, conquistando clientes e lucrando mais tarde com análise de dados sobre hábitos de compra. O analista sênior da IHS Markit Paul Erickson afirma, "esse tipo de preço é ótimo para os consumidores e ruim para a Apple".

A Amazon não comentou muito sobre os aparelhos Echo, mas informou em comunicado que vendeu milhões do seu Echo Dot durante o fim de ano, tornando o aparelho campeão de vendas do período na loja online. Já a Google não divulgou números de vendas do Home Mini, mas segundo sua porta voz Nicol Addison, a empresa está feliz com o desempenho.

Google Home Mini.

O mercado emergente de alto-falantes inteligentes, fora da China, é dominado pela Amazon, seguido de perto pelo Google, apesar de que as vendas destes produtos não sejam capazes de afetar os resultados financeiros das companhias.