Blackview Tab 16 é bom? Vale a pena comprar esse tablet? | REVIEW

A Blackview nos enviou mais um tablet: o Blackview Tab 16. Cotado para ser o sucessor do Blackview Tab 13 — que também já passou por aqui, o novo tablet da marca até traz algumas melhorias, se esforça em oferecer algum diferencial, mas peca em uma coisa ou outra. Se você está procurando um tablet, seja para estudar, assistir suas séries favoritas ou até jogar, é bom conferir essa análise para saber se vale investir R$ 1.000 nesse modelo.

Sem tempo, irmão! Pegue um atalho:

Blackview Tab 16: o que vem na caixa?

• Tablet Blackview Tab 16
• Carregador de 10 watts
• Cabo USB-C
• 1x película
• 1x capa protetora
• 1x pino abridor da gaveta de chip
• 1x caneta tátil
• Manual de instruções

Especificações do Blackview Tab 16

O Blackview Tab 16 é um tablet básico com uma tela IPS LCD de 11 polegadas com resolução 2K e suporte para múltiplas funções usando a caneta stylus da marca. A tela possui certificação TÜV Rheinland para baixa emissão de luz azul que pode prejudicar a saúde ocular. O aparelho tem um conjunto fotográfico simples, com uma câmera traseira de 13 MP e uma câmera frontal de 8 MP com suporte para reconhecimento facial para desbloqueio do sistema.

O processamento é feito pelo chipset Unisoc T616 com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno. A bateria de 7.680 mAh promete até 18 horas de uso contínuo. O tablet sai da fábrica com Android 12 e Doke OS_P 3.0, uma interface de usuário que oferece recursos de multitarefa e memória virtual.

Tela 2K e design ligeiramente remodelado

O Blackview Tab 16, apesar de ser um modelo barato, é ainda um tablet muito bonito, sem muita extravagância e que acaba combinando com qualquer tipó de usuário, desde o profissional que vai usá-lo para produtividade, como a dona de casa que quer ver receitas e até o jovem que vai jogar ou assistir vídeos no YouTube. Em comparação com o Tab 13, a mudança maior fica mesmo para o módulo de câmeras na traseira, agora com uma única lente e um flash LED, porém em uma paltaforma retangular tão pequena quanto um chiclete.

O grande diferencial, porém, ficou para sua tela, ainda com tecnologia IPS LCD, mas um tamanhão de 11 polegadas com resolução 2K e certificação TÜV Rheinland, que oferece mais segurança, qualidade e preocupação com o meio ambiente. Sua tela ainda tem bordas espessas, a câmera frontal ainda fica na borda lateral, o que é uma boa notícia, e eu também gostei da nova loicalização dos botões, agora todos na parte superior. Temos ali o controle de volume e também o botão power que parece ter um pequeno LEDzinho para se diferenciar.

Sistema limpo e Modo PC

Pode parecer uma coisa simples, mas já testei relógios e celulares chineses que o sistema faz uma mistura de inglês com português que nem todo mundo entende. Não é isso o que acontece aqui. O Tab 16 tem um sistema limpo, fácil de usar e ainda oferece recursos bem legais. Uma coisa ou outra ainda precisa de algum ajuste, como a tela de bloqueio que exibe o botão Chamada de Emergência em cima do 0. Isso signfica que se sua senha tiver algum zero, vai abrir a discagem de emergência.

Gostei bastante do "Modo PC", mantido desde o Tab 13, que muda a exibição do sistema do tablet para uma visualização mais parecida com o Windows para computadores. Os apps abrem em janelas, a lista de apps vem em um tipo de menu iniciar e temos uma barra de tarefas com as principais informações do sistema, como o relógio, sinal do Wi-Fi, apps fixados e muito mais.

Vale lembrar também que assim como seu antecessor, temos também o recurso RAM Boost, que permite alocar parte do armazenamento vazio do tablet e transformá-lo em memória RAM virtual para garantir um melhor desempenho. O Tab 16 tem 8 GB de memória RAM; com o RAM Boost ativado, podemos adicionar mais 6 GB e chegar a um total de 14 GB de RAM.

Desempenho multimídia

O maior problema do Blackview Tab 16 ao meu ver é o seu processador Unisoc T616, um chipset fabricado com processo de 12 nanômetros que opera com 2 núcleos ARM Cortex-A75 com clock de até 2,0 GHz, 6 núcleos ARM Cortex-A55 e uma GPU Mali-G57 MC1. A escolha por esse modelo é justamente para baratear o produto, mas isso impacta diretamente no desempenho do aparelho.

Para comparação, o Tab 13 vinha com processador MediaTek Helio G85 — octa-core de 2.0 GHz, GPU Mali-G52 MC2 e litografia de 12 nm. Esse modelo também não era nenhum suprassumo, mas já supre melhor a demanda de um usuário que precisa jogar, assistir, escrever, desenhar e não quer ser surpreendido com travamentos.

Como é de se esperar, a performance do Tab 16 em jogos é mediana. Testei três jogos de diferentes categorias.

• Genshin Impact: não roda. Trava do ínicio ao fim, especialmente em cenas de combate ou quanto estamos num local com muitos NPCs.

• Asphalt 9: roda de boa. Não é o melhor desempenho que eu já vi em tablets, mas dá para se divertir tranquilamente. Uma hora ou outra o jogo vai engasgar, especialmente depois de algum tempo jogando.

• Pianista: roda, mas o problema aqui é a tela. Nesse jogo a gente precisa acertar o tempo das notas musicais, e mesmo jogando por algum tempo, nenhum travamento encontrado. Entretanto, como o Tab 16 tem a taxa de atualização básica travada em 60 Hz, a gente percebe que é meio travada a interação, o que atrapalaha o resultado final, especialmente quando há muitas notas para apertar na tela.

Câmeras OK

Por ser um tablet, não podemos exigir grandes coisas das câmeras do Tab 16. Podemos dizer que suas câmeras atendem a necessidade tanto quanto o seu antecessor. Na traseira, ele é equipado com um único sensor Sony IMX258 de 13 MP. Na borda frontal, há um sensor Samsung S5K4H7 de 8 MP que poder ser usados em selfies, mas especialmente em chamadas de vídeo.

Acredito que ninguém compra um tablet para utilizá-lo como seu dispositivo principal para fotos, então as lentes que estão no Tab 16 conseguem suprir o básico. A lente frontal é mais útil, especialmente para quem precisa participar de uma videoconferência, por exemplo. Ela funciona bem em apps de reuniões na nuvem e possui uma resolução interessante para usos como esse.

Pontos positivos 👍

Bateria que dá conta do recado

Aqui temos um ponto que era bom e agora ficou melhor ainda. O Tab 13 vinha com 7.280 mAh, capacidade de sobra se você precisa de um dispositivo apenas para estudo, leitura e de vez em quando assistir alguns vídeos no YouTube. Mas o Tab 16 ampliou ainda mais, chegando a 7.780 mAh.

Na prática, não dá muita diferença. É praticamente dois dias de uso tranquilo. Por ter uma bateria maior, é claro que o Tab 16 também ficou mais grosso e pesado, chegando a 7,95 mm de espessura e um pouco mais que meio quilo. Falando nisso, ele suporta cargas de até 10 watts, então a bateria demora cerca de 2 horas para recarregar completamente.

Caneta stylus?

Quando aconteceu o lançamento do Blackview Tab 16, vimos muitas notícias falando sobre a inclusão de uma caneta stylus, o que criou muita expectativa no público. Bem, realmente tem uma caneta, mas não é nada comparado com a versão da Samsung, Xiaomi e outras marcas famosas. É uma caneta tátil que possui uma espécice de pingente de plástico na ponta que é capaz de simular o toque de um dedo. Funciona muito bem, mas é um acessório frágil e básico, sem interação Bluetooth e outras coisas mais.

De toda forma, podemos elogiar a Blackview por oferecer um tablet com tudo o que você precisa para protegê-lo. Além da canetinha, carregador e cabo USB-C, o Tab 16 vem ainda com uma capa protetora muito bonita e uma película para proteger o vidro contra arranhões e quedas.

Pontos negativos 👎

Sem entrada P2 e sem adaptador

A maior ausência que eu senti foi a do conector P2 para fones de ouvido, repetindo o problema do Tab 13. A Blackview parece querer acompanhar as grandes marcas da indústria, que tem retirado esse recurso dos seus modelos mais parrudos.Mas os aparelhos mais baratinhos, continuam mantendo o conector de 3,5 mm. Infelizmente, não é isso o que acontece no Blackview Tab 16.

De qualquer forma, mesmo que a empresa tenha decidido não inserir uma porta P2 para fones de ouvido, poderia então enviar junto um adaptador que permite usar a porta USB-C para conectar os fones, mas isso também não acontece. Se você quer usar fones de ouvido então, a única solução é aderir a um modelo Bluetooth ou você mesmo comprar um adaptador.

Blackview Tab 16 é bom?

Testei o Blackview Tab 16 por alguns dias até produzir esse conteúdo. Posso dizer que fiquei impressionado com a qualidade do tablet, especialmente a sua tela com cores e preto puro, mas que infelizmente ainda reflete muito por conta da tecnologia IPS. Posso destacar o seu tamanho, ótimo para quem procura um segundo monitor portátil ou até para assistir um filme de maneira bem imersiva. Sua bateria também é um ponto que vale destacar.

Pelo conjunto total da obra, posso garantir para você que comprar o Blackview Tab 16, atualmente por cerca de R$ 1.065, não é um mal negócio. Ele vem com muitos acessórios, é um produto durável, tem bom acabamento e oferece um ou outro diferencial. Mas se você procura mais desempenho, com capacidade de rodar jogos e outras coisas mais exigentes, aí é melhor optar por outro modelo do mercado.

Onde comprar o Blackview Tab 16?

O Blackview Tab 16 está à venda no site AliExpress e seu preço de R$ 1.065. Mas se você gosta de descontos, se prepare, porque até o dia 26 de março, você pode adquirir ele por R$ 910,21 usando o cupom de desconto BR80. Para aproveitar, basta usar o link abaixo durante os dias selecionados:

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