Na última sexta-feira (12), como bem sabemos, um ataque virtual em massa deixou o mundo assustado. No entanto, pode ser que ele não tenha sido finalizado, e que o número de vítimas possa aumentar ainda nesta segunda-feira.

A opinião é de Rob Wainwright, diretor da agência europeia de segurança Europol. Em entrevista á rede de televisão britânica iTV, o agente disse que os "números ainda estão subindo".

"No momento estamos diante de uma ameaça crescente. (...) Estou preocupado com como os números seguirão crescendo quando as pessoas forem trabalhar e ligarem suas máquinas na segunda-feira de manhã", disse o diretor da Europol. Conforme informações internacionais, até então, o ataque já vitimou mais de 200 mil pessoas em mais de 150 países.

Leia: A nossa cobertura do ataque.

"O alcance global não tem precedentes, e é diferente de tudo que já vimos", reformou o agente. Conforme o site britânico Sky News, ao longo do final de semana, o número de hospitais afetados pela ameaça no Reino Unido sumiu de 16 para 60.

O medo de que o ataque cresça ainda neste início de semana não acontece somente na Europa. O ministro de comunicações e informações da Indonésia disse que é importante que os trabalhadores se previnam da ameaça. "Isso é essencial para os negócios que reabrirem na segunda; por favor antecipem-se e tomem ação preventiva contra o ciberataque WannaCry", disse.

Conforme a BBC, três carteiras de Bitcoin associadas ao ataque já haviam recebido um total de US$ 38 mil (R$ 118 mil) até a madrugada de hoje. O valor ainda é baixo, porém, poderá aumentar nos próximos dias já que a ferramenta ameaçava aumentar o valor do "resgate" após três dias sem pagamento. Já outras fontes alertam que o valor esteja estimado em 1 bilhão de dólares.

Uma das razões para a rápida disseminação do ataque, de acordo com a Sky News, foi justamente a sua simplicidade. "Não se trata de um ataque extremamente sofisticado. O que há de novo é que ele usa um 'worm' para se propagar de um computador para outro", mencionou o diretor do setor de cibercrimes da Europol, Steven Wilson.