Quem já teve um celular ou tablet roubado sabe o quanto é difícil. Além do prejuízo financeiro de perder o aparelho, a tristeza por ter os arquivos perdidos, como fotos, vídeos, músicas, entre outros documentos. Além destes incômodos, a preocupação das imagens e vídeos caírem em mãos erradas.

Pensando nisso tudo, o Android está sendo aperfeiçoado para se tornar cada vez menos utilizável para um ladrão. No código aberto, o Google implantou um modo de fazer com que o aparelho se torne impossível de ligar quando o usuário der o sinal que o aparelho foi surrupiado.

Tal código foi acoplado no AOSP (Android Open Source Project, o software que é liberado para as fabricantes) na última sexta-feira, como um novo formato de limpeza remota. Vale notar que o usuário já contava com uma opção de limpar o aparelho após ser roubado, porém, o novo método parece muito mais eficaz, fazendo com que o aparelho se torne um "tijolo" nas mãos de um ladrão.

O novo método é capaz de apagar todos os registros do aparelho Android, incluindo o fastboot e o bootloader, que são responsáveis por iniciar os processos de ligar e desligar o aparelho. Além disso, também pode destruir a partição de recuperação, o dificulta a restauração do celular.

Agora, caberá às fabricantes decidirem quais as partições serão inclusas neste comando. Quem aplicar o recurso nos aparelhos deverá implantar ainda uma função que permita que o smartphone seja reabilitado pelo dono do aparelho caso ele consiga recuperá-lo.

A novidade, por enquanto, só está presente no AOSP, com isso, não está aplicada em nenhum aparelho, bem como em nenhuma versão do sistema operacional. Ainda não se sabe se o Google pretende usar a função em um serviço como Android Device manager, que já inclui uma ferramenta remota para apagar o conteúdo do celular roubado.