Desde que os carros autônomos começaram a ser testados pelo Google, a empresa sempre deixou claro que o foco principal é deixar os automóveis 100% seguros. A segurança envolve tanto aos passageiros, pedestres e outros motoristas.

Porém, um relatório mostra que o caminho ainda deverá ser longo para o Google. Conforme um documento enviado ao Departamento de Veículos Motorizados (DMV) da Califórnia, nos Estados Unidos, um total de 49 carros que circularam sem motorista foram usados em testes no período de 14 meses.

As máquinas dirigiram sozinhas por 682 mil quilômetros, porém, durante o trajeto sofreram 341 incidentes. Nessas ocasiões, ou o carro entregou o seu controle foi entregue voluntariamente ao motorista humano, ou mesmo foi necessária a intervenção humana para evitar algum acidente. Os carros também teriam sofrido, ao menos, 13 colisões contra obstáculos quando funcionários humanos não estavam impedindo.

Entre novembro de 2014 e novembro de 2015, os carros usados pelo Google tiveram 272 falhas de funcionamento, que englobam vários tipos de problemas. Nos casos, os motoristas humanos assumiram o controle do carro em 0.8 segundos.

Em 69 incidentes registrados, os funcionários tiveram que tomar o controle do carro por vontade própria. A máquina para de se autocontrolar assim que o motorista segura o volante ou mesmo pressiona o pedal do acelerador ou freio.

Dos 69 incidentes, em 56 deles o Google disse que o carro provavelmente não teria entrado em contato com os demais objetos da pista. Disse, porém, que "alguns aspectos comportamentais [do veículo] poderiam ser uma causa potencial de contato com outros ambientes e situações caso medidas não fossem tomadas".

Em relação aos 13 acidentes evitados por seus funcionários, o Google disse que  classificou as situações como "simulação de contatos", quando "situações que teriam resultado em acidentes se motoristas humanos não tivessem tomado o controle". "Nesses casos, acreditamos que um motorista humano poderia ter tomado uma ação razoável para evitar o contato, mas a simulação indicou que o carro não teria tido essa ação", descreve o Google.