Segunda-Feira, 04 de agosto de 2014; um estudo publicado na revista médica "Pediatrics", diz que jogar videogame faz bem a saúde, mas calma, o uso do mesmo é em dose homeopática. O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, que juntou cerca de 5000 menores com idade entre 10 a 15 anos, indicou que uma hora de videogame diário faz bem a saúde, deixando a criança mais sociável, fazendo com que ela consiga mais amigos, que se expresse melhor e que não fique hiperativa.

Mas todo "medicamento" digamos assim, possui uma contraindicação, e nesse caso pode ser o uso excessivo do aparelho, que concluiu que aqueles que jogam videogame por mais de três horas por dia apresentam efeitos prejudiciais a sua saúde, bem como dificuldade de ajuste social. Segundo a pesquisa, isso se deve ao fato do menor não ocupar o seu tempo livre com outras atividades, bem como o esporte ou a socialização com outras pessoas.

O estudo foi comandado pelo psicólogo experimental Andrew Przybylski, onde ele pediu que os menores qualificassem as horas que passam a frente do videogame ou computador em um dia normal. Na sequência, Andrew também solicitou aos participantes que classificassem diversos fatores, entre eles: satisfação com a vida, relacionamento com os amigos, probabilidade de ajuda a pessoas com dificuldade e níveis de hiperatividade e falta de atenção.

Cerca de 75% dos participantes declararam que jogam videogame diariamente, onde em comparação com outros grupos, bem como os que nunca jogam, os que jogam uma hora por dia ou menos e os que jogam mais de três horas diárias, ficou bem evidente que os que jogam menos de uma hora por dia pareceram estar mais satisfeitos com suas vidas e assim também apresentaram maiores níveis de interação social positiva, menos dificuldade com questões emocionais e menores níveis de hiperatividade. Já o grupo que passou mais de três horas jogando videogame teve os piores resultados.

Para o psicólogo e o administrador do estudo, Andrew Przybylski, é necessário que as regras e diretrizes que colocam limites para o uso desta tecnologia levem a sério essas evidências, onde ele ainda declara dizendo que: "Em um ambiente polarizado entre aqueles que acreditam que os games possuem um papel extremamente benéfico e aqueles que os consideram prejudiciais, o estudo pode fornecer um ponto de vista mais sutil, pois jogar videogame da à criança uma linguagem comum; se uma criança não fizer parte desta conversa, ela poderá ficar de fora de tudo isso", concluiu.