Nesta terça-feira (8), o diretor-geral do Centro Europeu de Física de Partículas (CERN), Rolf Heuer, disse estar "muito contente" pelo Nobel de Física concedido a Peter Higgs e a François Englert por postular a existência da partícula subatômica conhecida como "Bóson de Higgs". Heuer disse ainda que é "muito boa notícia" ao CERN.

O diretor do Centro afirmou que após trinta anos de pesquisa, conseguiu provar há um ano a real existência da partícula. Mesmo não tendo levado o prêmio Heuer disse que "teria sido fantástico que o prêmio fosse para nós, mas de algum modo é também um reconhecimento ao nosso trabalho".

Em uma entrevista coletiva Heuer felicitou os dois estudiosos sobre o assunto, que em 1964 foram os responsáveis por projetar de forma separada uma teoria que apontava a existência da partícula subatômica, a famosa partícula de Deus.

"A breve explicação sobre o Nobel tem três linhas, e nelas o CERN é mencionado como o centro que provou a existência do bóson e, honestamente, acho que é maravilhoso", disse também Heuer. Ele ressaltou que a alegria que estava sentindo era dividida também por outras pessoas do CERN.

O Prêmio Nobel

Os físicos François Englert e Peter Higgs receberam o Prêmio Nobel de Física de 2013, como reconhecimento à teoria que explica como as partículas subatômicas adquirem massa. Em 2012, as ideias dos cientistas que foram fundadas em 1964, acabaram sendo confirmadas pela descoberta de uma partícula no Grande Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas do mundo,

"O Nobel? Já pensei, mas nunca foi uma motivação ou uma fonte de ansiedade. Meu prazer, encontrei na pesquisa", afirmou em 2012 o belga François Englert, vencedor do Nobel de Física, ao lado de Peter Higgs.

Em julho, Englert recebeu do rei Albert II da Bélgica o título de barão.

O físico já recebeu também vários prêmios internacionais, como o Francqui em 1982, o High Energy and Particle Prize da European Physical Society em 1997, o Prêmio Wolf de Física em 2004, o J.J. Sakurai Prize da Sociedade Americana de Física em 2010 e o prêmio Príncipe das Astúrias em 2013.

"A física é um pouco como uma droga. Continuo interessado em alguns problemas", disse François Englert ao atribuir a sua paixão pelas pesquisas.

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