Proteger nossos dados na internet vai muito além de escolher uma boa senha. Uma ferramenta importante que auxilia nisso é a autenticação de dois fatores (2FA), um dos métodos mais eficazes para reforçar a segurança de logins em redes sociais, e-mails e outros serviços. Mas, afinal, o que exatamente é a autenticação de dois fatores e por que ela é tão importante? Abaixo, vamos explicar os detalhes.

O que é e para que serve a autenticação de dois fatores?

A autenticação de dois fatores (2FA) é um método de segurança que exige duas formas de verificação para acessar uma conta. A primeira é a própria senha, enquanto a segunda é algo exclusivo, como um código temporário, chave física de segurança ou uma confirmação em outro dispositivo.

Na prática, funciona assim: quando você coloca sua senha para fazer login, o sistema solicita uma segunda verificação, que pode ser um código enviado para seu aplicativo de autenticação (como o Google Authenticator), uma notificação em outro aparelho ou até mesmo uma chave de segurança USB. Isso significa que, mesmo que alguém descubra sua senha, não conseguirá acessar a conta sem essa segunda confirmação.

A autenticação de dois fatores cria uma camada extra de segurança (Imagem: Ed Hardie/Unsplash)
A autenticação de dois fatores cria uma camada extra de segurança (Imagem: Ed Hardie/Unsplash)

O principal objetivo da autenticação de dois fatores é reduzir drasticamente as chances de outra pessoa invadir a conta. Afinal, ela cria uma camada extra de segurança para impedir o acesso de hackers e, no fim, só o verdadeiro dono consegue fazer o login. Esse é um recurso essencial para quem deseja aumentar a proteção dos seus dados online e evitar problemas futuros, como o roubo de informações pessoais.

Por que a autenticação de dois fatores é tão importante?

A autenticação de dois fatores é um dos métodos de segurança mais eficazes contra hackers. Ela consegue proteger uma conta mesmo se a senha for comprometida em vazamentos online, algo que é mais comum do que parece, já que todos os anos milhões de e-mails e senhas são vazados na internet, fazendo com que essas contas fiquem vulneráveis.

Sem a autenticação em duas etapas ativada, qualquer pessoa com a senha correta pode entrar na conta e ter acesso a mensagens, fotos, dados pessoais ou até informações bancárias. Por outro lado, se o 2FA estiver habilitado, o criminoso vai precisar também do segundo fator, algo que torna a invasão bem mais difícil.

Além disso, essa tecnologia também impede o acesso não autorizado de dispositivos desconhecidos e até ajuda a identificar tentativas de invasão, enviando uma notificação para alertar sobre a tentativa de login. Assim, caso você não reconheça o dispositivo, é possível bloquear o acesso de forma antecipada para evitar problemas.

Qual é a melhor forma de usar a autenticação de dois fatores?

A forma mais segura de usar a autenticação de dois fatores é por meio de aplicativos autenticadores (como o Google Authenticator e Microsoft Authenticator) ou através de chaves físicas de segurança. Os serviços de autenticação geram códigos temporários que mudam a cada 30 segundos e não dependem de internet para funcionar, enquanto as chaves físicas exigem que o usuário conecte um dispositivo USB no momento do login, funcionando como um "cadeado digital".

Além disso, é importante guardar os códigos de backup fornecidos pelos aplicativos durante a configuração, já que eles vão ser essenciais caso você perca o celular ou não tenha mais acesso ao autenticador.

Google Authenticator é um dos melhores serviços de autenticação (Imagem: Reprodução/Internet)
Google Authenticator é um dos melhores serviços de autenticação (Imagem: Reprodução/Internet)

Outra dica importante é não utilizar a autenticação via SMS. Embora seja uma das opções mais conhecidas, esse método é o menos seguro. O motivo é simples: os códigos enviados por mensagem de texto podem ser interceptados por criminosos que consigam clonar o chip, redirecionando a informação para outro aparelho.

Esse golpe é chamado de SIM Swap, onde o número de telefone da vítima é transferido para outro chip, permitindo que os hackers recebam o SMS de verificação. Com isso, eles podem concluir o login mesmo sem acesso direto ao celular do dono da conta. Portanto, o recomendado é sempre escolher aplicativos autenticadores ou chaves físicas de segurança, que funcionam offline e são bem mais difíceis de burlar.