Se você mora em São Paulo ou costuma circular pelas ruas da cidade, é bom ficar atento: um celular é furtado ou roubado a cada três minutos na capital paulista. Só nos dois primeiros meses de 2025, foram 29.169 boletins de ocorrência registrados, segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O número representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 2024, mas ainda assim é alarmante.

Pinheiros e Avenida Paulista são os lugares mais perigosos

Avenida Paulista é um dos lugares mais movimentados de São Paulo, e por isso um dos mais perigosos. Imagem: Reprodução

A situação é ainda mais grave em bairros da Zona Oeste e do Centro, onde há maior circulação de pedestres. Pinheiros encabeça a lista dos lugares mais perigosos da cidade, com 1.023 ocorrências entre janeiro e fevereiro, o que equivale a 17 celulares roubados ou furtados por dia.

O levantamento também revela que a Avenida Paulista é a via mais perigosa da cidade para quem carrega o celular à mão: foram 469 ocorrências no bimestre. Em seguida aparecem e Avenida Cruzeiro do Sul com 354 casos, Praça da Luz com 320 e Rua Augusta com 246 casos.

Todos esses locais tem algo em comum: são cartões-postais e centros comerciais movimentados, ou seja, alvos fáceis para criminosos.

Esses são os bairros com maior índice de furtos e roubos durante janeiro e fevereiro de 2025:

  1. Pinheiros - 1.023 ocorrências
  2. Bela Vista - 831 ocorrências
  3. Bom Retiro - 705 ocorrências
  4. Barra Funda - 666 ocorrências
  5. República - 582 ocorrências
  6. Santana - 537 ocorrências
  7. Consolação - 496 ocorrências
  8. Santa Cecília - 492 ocorrências
  9. Santo Amaro - 490 ocorrências
  10. Vila Mariana - 479 ocorrências

Outros dados importantes

  • Cinco dos 10 bairros com mais registros ficam no Centro: Bela Vista, Bom Retiro, República, Consolação e Santa Cecília.

  • Os 10 bairros mais perigosos concentram 21% dos crimes.

  • Oito em cada dez roubos acontecem em via pública.

  • Terminais de ônibus e estações de metrô e trem representaram 10% dos casos — com 2.955 ocorrências, ou dois celulares levados por hora.

Importante: o número de registros representa ocorrências, não necessariamente o número de celulares roubados. Como um único boletim pode envolver mais de um aparelho, o total real de celulares levados pode ser ainda maior. Além disso, nós sabemos que nem todas as vítimas procuram a polícia para registrar o roubo.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

Em nota à TV Globo, a SSP afirmou que tem feito operações de inteligência e ações de combate à receptação de celulares. Entre janeiro e fevereiro, 132 pessoas foram presas, e 26 mil aparelhos sem comprovação de procedência foram apreendidos.

Apesar dessas ações, os números mostram que o problema está longe de ser resolvido.

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