A NASA adiou novamente o lançamento do James Webb, telescópio que será 100 vezes mais sensível que o Hubble e tem como objetivo estudar a Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Assim que foi finalizado, a previsão de lançamento era para este ano, porém, seu alto custo e ainda alguns problemas fizeram com que sofresse uma série de atrasos.

Em março deste ano, a NASA havia adiado o lançamento para 2020, no entanto, agora, em novo comunicado, a agência estipulou o prazo para 2021. Como consequência do atraso, um adicional de US$ 800 milhões ao valor de 8 bilhões de dólares do telescópio.

 NASA adia novamente lançamento de telescópio James Webb.
NASA adia novamente lançamento de telescópio James Webb.

O telescópio em questão será o hardware mais completo que a NASA deverá colocar no espaço. Ele conta com um grande espelho formado por vários segmentos individuais que podem se mover, e ainda protegidos por um protetor solar que também se desdobra após o lançamento.

Os instrumentos são sensíveis a uma região do infravermelho e por isso permite capturas de imagens, incluindo as primeiras galáxias do Universo até as atmosferas dos exoplanetas mais próximos.

Atraso

Infelizmente, os planos da NASA não saíram de acordo com o planejado. Já no início do ano, o Escritório de Contabilidade do Governo divulgou um relatório mencionando que adiar seria inevitável. Em seguida,  a NASA divulgou que o teste do desdobramento da espaçonave resultou em danos a alguns dos sistemas.

A NASA, nesta semana, divulgou o resultado da revisão e assim foram apontadas 32 recomendações para minimizar o impacto de outros problemas no futuro.

Tom Young, o chefe da revisão, identificou uma série de problemas, incluindo erros humanos, falta de experiência, otimismo excessivo em relação ao cronograma e a complexidade da espaçonave. Segundo ele, os mais significativos foram os erros humanos e problemas incorporados.

Com as alterações necessárias, o custo será maior. Stephen Jurczyk, um administrador associado da NASA,  mencionou que a agência poderá usar os seus fundos atuais para lidar com a implantação das mudanças em 2019, mesmo assim terá que pedir verbas ao Congresso em 2020.