Mesmo com um lucro impressionante de US$ 25,8 bilhões no último trimestre, a Microsoft anunciou nesta terça-feira (13) uma nova rodada de demissões que atinge cerca de 6.800 funcionários em todo o mundo, o equivalente a 3% de sua força de trabalho global. A medida surpreende pelo momento de alta nas ações, que recentemente alcançaram US$ 449,26, o maior valor do ano.
Segundo a empresa, os cortes fazem parte de "mudanças organizacionais necessárias" para que a Microsoft se mantenha competitiva em um mercado em constante transformação. A decisão afeta funcionários de todos os níveis, equipes e regiões, e desta vez não está ligada ao desempenho individual, segundo um porta-voz.
Essa é a maior reestruturação desde janeiro de 2023, quando 10 mil postos foram eliminados em resposta à incerteza econômica. Já no início de 2025, uma rodada menor de demissões foi feita com foco em performance, o que não é o caso agora.
A nova fase busca simplificar a estrutura da companhia, reduzindo camadas de gestão e redesenhando a forma como a Microsoft atua internamente. O objetivo, segundo a própria empresa, é acelerar a transição para o modelo centrado em inteligência artificial e serviços em nuvem.
A Microsoft tem acelerado sua aposta em inteligência artificial, especialmente com a integração do Copilot, parcerias com a OpenAI e expansão dos serviços de nuvem Azure com recursos de IA.