A Microsoft lançou a última fase do Projeto Natick, que consistiu em submergir um enorme data center no mar, desta vez no largo da costa das ilhas Orkney, na Escócia. O Projeto de pesquisa tem a intenção de construir um data center subaquático, com o objetivo de investigar os benefícios potenciais que ele pode causar aos usuários da nuvem, enquanto testa um processamento de dados mais ecológico e acessível.

Esta experiência subaquática ajuda a provar que um protótipo pode funcionar abaixo da superfície, onde é resfriado naturalmente pela água do mar e sem ajuda de energias. O primeiro estágio do projeto, em 2015, implicou em submergir um protótipo a um quilômetro da costa do Pacífico dos EUA, o qual operou submerso por 105 dias.

Já o experimento em Orkney servirá para provar que módulos subaquáticos em escala real podem ser construídos economicamente, além de que podem ser implantados em cerca de três meses.

O gerente do projeto, Ben Cutler, ajudou a supervisionar a implantação e declarou: "O momento mais alegre do dia foi quando o datacenter finalmente escorregou para baixo da superfície em sua jornada lenta e cuidadosamente roteirizada."

A Microsoft tem feito estes experimentos com datacenters submarinos há cinco anos, sendo que esse de agora vai ser implantado e permanecer submerso pelo mesmo tempo. Ele irá incluir 12 racks com 864 servidores e 27,6 petabytes de armazenamento, o que seria capaz de armazenar cerca de 5 milhões de filmes.

Este data center também será alimentado por um cabo submarino e com energia renovável das ilhas Orkney, tendo também, um cabo que conectará os servidores à Internet. Com isso, a Microsoft tem esperanças de que o projeto Natick mostre problemas operacionais e de projeto, e que informe se isso poderia vir a ser uma realidade para mais data centers no futuro.