A presidência de Joe Biden está bem encaminhada e ele já assumiu sua nova posição, retirando muitas das políticas feitas durante a administração Trump, enquanto continua a indicar novos membros para seu gabinete e outros cargos de liderança.

Uma decisão da qual ele não parece estar mudando é a proibição de empresas como a Huawei, que foram incluídas na Lista de Entidades por alegações de ameaças à segurança dos Estados Unidos.

A nomeada de Biden para Secretário do Comércio, Gina Raimondo, afirmou em declaração que não vê "nenhuma razão" para retirar a empresa da lista, sugerindo que a gigante chinesa seguirá com todas as restrições impostas até agora.

"Eu entendo que as partes são incluídas na Lista de entidades e na Lista de usuários finais militares geralmente porque representam um risco para a segurança nacional dos EUA ou para os interesses da política externa. No momento, não tenho nenhuma razão para acreditar que as entidades nessas listas não devam estar lá. Se confirmado, aguardo um briefing sobre essas entidades e outras que nos preocupam."

Definitivamente essa não é uma boa notícia para a Huawei, que há algum tempo vem lidando com sanções dos EUA. Depois de perder o acesso a seus chips Kirin, a empresa tem se esforçado para produzir smartphones emblemáticos como o P40 Pro, que é um dos melhores telefones Huawei que você não consegue encontrar.

Recentemente, a Huawei teve de desistir da propriedade de sua submarca, Honor, para evitar que enfrentasse o mesmo destino de sua empresa-mãe, um movimento que deixa a Honor livre para desafiar empresas como a Apple.

A Huawei esperava que o governo Biden fosse mais tolerante do que Trump, mas não parece ser o caso. O Ministério das Relações Exteriores da China já havia se referido à decisão do governo dos Estados Unidos de restringir as empresas chinesas como "opressora", um sentimento que ainda se mantém hoje.

Outras empresas chinesas que enfrentaram sanções governamentais incluem a ZTE e a Xiaomi, esta última que recentemente abriu um processo contra o governo dos Estados Unidos por colocá-la em lista que proibe investidores de seguir apoiando na empresa.