A gigante chinesa, Huawei está lutando contra um embargo comercial imposta pelos Estados Unidos desde maio de 2019, que a impede de fazer negócios com qualquer organização sediada nos Estados Unidos.

Isso inclui empresas como Intel, Google e Qualcomm, embora o governo dos EUA tenha iniciado um sistema de licenciamento para empresas que desejam trabalhar com a Huawei.

Aparentemente, este serviço de licenciamento recebeu mais de 125 pedidos, mas, tanto quanto sei, nenhum deles foi aprovado. Isso significa que a Huawei não tem acesso a empresas com a tecnologia capaz de fabricar seus próprios processadores Kirin.

Atualmente, a única opção viável para uma empresa que não depende da tecnologia americana parece ser a MediaTek. De acordo com fontes ligadas ao assunto, a MediaTek emitiu uma breve declaração incluindo seu respeito pela proibição liderada pelos EUA de compartilhamento de tecnologia com a Huawei, veja:

"MediaTek reitera seu respeito por seguir ordens e regras relevantes no comércio global, e já solicitou permissão com a Lado dos EUA de acordo com as regras."

Esta notícia segue o anúncio de que a TSMC - Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, uma das principais fabricantes globais de semicondutores por contrato - não fornecerá chipsets à Huawei após 15 de setembro. Esta é a data da próxima fase de proibições para empresas que desejam seguir seus negócios junto à Huawei.

Se os EUA negarem a licença, isso pode significar o fim do negócio de smartphones e tablets da Huawei, já que ela não teria mais os meios para adquirir processadores para seus dispositivos.

Isso seria mais um golpe grande para a Huawei, que teve de mudar rápida e dramaticamente seu modelo de negócios nos últimos quinze meses, mas os negócios chineses têm se mostrado responsivos e altamente adaptáveis. Ainda assim, parece estar ficando sem opções, pelo menos no curto prazo, mas a situação pode mudar muito rapidamente nos próximos meses.