Há apenas uma década, a ideia de jogar videogames como ganha-pão soava estapafúrdia em todos os países, exceto na Coréia do Sul. Hoje em dia, a indústria de eSports é gigantesca e encontra-se em constante expansão, com grandes torneios a conceder milhões de dólares em prêmios para os melhores competidores.

Os jogadores profissionais brasileiros ganham um monte de dinheiro jogando como atiradores em primeira pessoa, em jogos de estratégia em tempo real e jogos de arena de batalha online com múltiplos jogadores. Os principais agentes de apostas desportivas possuem uma seção completa dedicada aos eSports em seus websites, na qual jogadores podem apostar em diversos videogames.

Jogos Battle Royale Experimentam o Terreno de eSports

PlayerUnknown's Battlegrounds se tornou o primeiro jogo Battle Royale a debutar no mercado de eSports depois de conquistar a indústria dos videogames. Desde então, Fortnite o ultrapassou em termos de jogadores ativos, mas ainda não entrou na arena de esportes eletrônicos. Seus desenvolvedores, bem como empresas que trabalham em jogos pertencentes a esse gênero, estão tentando transformá-los em uma parte integrante dos eSports. Infelizmente, para eles, há muito mais razões para que eles fracassem nesse campo, do que tenham um futuro no nível de competição mais alto.

PUBG pronto para eSports?
PUBG pronto para eSports?

Primeiramente, a aleatoriedade é um problema enorme nesses jogos, o que deixa tudo nas mãos da sorte, ao invés de garantir aos jogadores chances iguais. Quando se joga videogames profissionalmente, é essencial que todos os jogadores e times contem com as mesmas chances, de modo que, no fim, a habilidade, e não a sorte, prevaleça.

O conceito por trás dos eSports é que os jogadores apostem em ganhadores ou eventos especiais e as chances sejam determinadas pela probabilidade de esses eventos acontecerem. Se tudo é aleatório, os agentes de apostas não podem determinar odds realistas.

Segundo, a própria natureza dos jogos Battle Royale torna virtualmente impossível determinar que jogadores são os melhores. Seria necessária uma quantidade absurda de partidas para estabelecer a hierarquia, visto que a sorte determina o resultado da maioria dos jogos. Em vez de progredir gradualmente, os jogadores começam do zero e as chances de ganhar dependem exclusivamente de eventos aleatórios.

Como eles reviram os cenários atrás de materiais e armas, a sorte é o que determina se podem encontrar uma arma decente ou se chegam a um ponto favorável. O fato de que tantos jogadores participam de uma única partida apenas piora as coisas, visto que as partidas dão a impressão de serem bagunçadas. Para ser um bom candidato aos eSports, a jogabilidade deve mudar drasticamente, o que alteraria a própria essência do gênero.