Nos últimos dias, o Facebook teve seu nome envolvido em um grande episódio de vazamento de dados dos usuários. Inicialmente, os maiores envolvidos estavam centrados nos Estados Unidos. Porém, com o passar dos dias, novas informações surgiram, entre elas, que usuários brasileiros também foram vítimas.

De acordo com o diretor de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer, dos 87 milhões de perfis violados de forma imprópria com a consultoria Cambridge Analytica, 443.117 são de usuários do Brasil.

A maioria das vítimas está nos Estados Unidos (70.632.350), seguido por Filipinas (1.175.870), Indonésia (1.096.696) e Reino Unido (1.079.031).

Para completar, outros países também foram prejudicados, como o México (789.880), Canadá (622.161), Índia (562.455), Vietnã (427.446) e Austrália (311.127). A empresa promete avisar sobre o problema a partir do dia 9.

Mais de 400 mil brasileiros foram atingidos por vazamento de dados do Facebook.

"Dadas a escala e a sofisticação da atividade que observamos, acreditamos que a maior parte dos usuários do Facebook pode ter tido seu perfil público capturado dessa forma", afirmou a empresa em nota sobre o método usado pela Cambridge. "Então desabilitamos essa funcionalidade."

O caso que envolve a Cambridge Analytica é realmente grave, porque o aplicativo This Is Your Digital Life capturava todas as informações dos usuários, o que permitia montar um perfil psicológico.

Schroepfer, ao revelar os países atingidos, disse que a rede social irá mudar as permissões de informações para aplicativos, reunindo as permissões de dados nos casos que envolvem grupos, eventos e páginas públicas.

Para completar, o Facebook irá decidir se aplicativos terão acesso a curtidas, check-ins, fotos, postagens, vídeos, eventos e grupos. Além disso, irá restringir acesso a números de telefones celulares e e-mails de usuários desconhecidos.

Mecanismos de terceiros que possam acessar informações pessoais como religião, orientação política, status do relacionamento, formação educacional e profissional, bem como músicas, livros, vídeos, jogos, entre outros, serão proibidos.