Hoje, o mundo está acompanhando os noticiários sobre o devastador terremoto que atingiu a região da Turquia com uma magnitude de 7.8. Até o momento, o número de mortos já ultrapassa 2.4 mil e milhares de pessoas ficaram feridas. Este triste evento traz à tona a importância de estarmos preparados para lidar com situações de emergência, como terremotos, e entender como a escala de terremotos é usada para medir a magnitude de um evento sísmico.

O que significam as escalas de terremotos?

O que é a Escala Richter?

Charles F. Richter; Foto: Divulgação
Charles F. Richter; Foto: Divulgação

A Escala Richter é uma maneira de medir a força de um terremoto. Foi criada pelo sismólogo Charles Richter em 1935 e é usada em todo o mundo para entender quanto de força um terremoto teve.

A escala vai de 1 a 9, então se um terremoto é classificado como 5, isso significa que é 10 vezes mais forte do que um terremoto classificado como 4 e 100 vezes mais forte do que um terremoto classificado como 3. A Escala Richter ajuda a entender o quanto de força um terremoto teve e quanto impacto ele pode ter nas comunidades perto dele.

O que é a Escala Momento Magnitude

A Escala Momento Magnitude (Mw) é uma escala usada para medir a magnitude de um terremoto. Ela se baseia na quantidade de energia liberada durante um evento sísmico e é amplamente utilizada na comunidade científica para avaliar a intensidade de um terremoto.

A escala Momento Magnitude é considerada mais precisa do que a Escala Richter para terremotos de grande magnitude, pois leva em consideração fatores como a área da fonte sísmica e o tipo de falha geológica envolvida. Além disso, a escala Momento Magnitude permite uma comparação mais precisa entre eventos sísmicos de diferentes regiões geográficas.

Alguns exemplos de como a escala de magnitude pode ser comparada com outros acontecimentos:

  • Terremoto de magnitude 2,0: é considerado fraco e pode ser sentido apenas por pessoas próximas ao hipocentro.
  • Terremoto de magnitude 5,0: é considerado moderado e pode causar danos em áreas próximas ao hipocentro.
  • Terremoto de magnitude 8,0: é considerado extremamente forte e pode causar danos em uma área muito ampla, incluindo destruição de edifícios e outras estruturas.

Os 10 terremotos mais potentes da história

Aqui estão os 10 terremotos mais potentes da história, baseados em sua magnitude na Escala Richter ou Escala Momento Magnitude:

  1. Terremoto de Valdivia, Chile (1960) - magnitude 9,5
  2. Terremoto de Prince William Sound, Alaska (1964) - magnitude 9,2
  3. Terremoto de Sumatra, Indonésia (2004) - magnitude 9,1
  4. Terremoto do Japão (2011) - magnitude 9,0
  5. Terremoto de Kamchatka, Rússia (1952) - magnitude 8,3
  6. Terremoto de Off the Coast of Ecuador (1906) - magnitude 8,8
  7. Terremoto de Assam-Tibet (1950) - magnitude 8,6
  8. Terremoto de Maule, Chile (2010) - magnitude 8,8
  9. Terremoto de Tohoku, Japão (2011) - magnitude 8,9
  10. Terremoto de Iquique, Chile (2014) - magnitude 8,2

Estes terremotos foram os mais potentes registrados na história e causaram muito dano e destruição nas áreas afetadas. Alguns destes eventos também foram responsáveis por tsunamis e outras formas de danos secundários, ampliando ainda mais o impacto desses terremotos.

O terremoto de hoje na Turquia

As falhas geolóicas e os encontros de placas tectônicas são responsáveis pela criação de terremotos em muitas regiões do mundo, incluindo a Turquia. A Turquia está localizada no encontro das placas: Africana e a Anatólica. O movimento dessas placas pode causar tensão na crosta terrestre, levando a terremotos. Além disso, a Turquia é uma região de alta atividade sísmica, com várias falhas tectônicas que também podem ser responsáveis pela geração de terremotos.

As placas tectônicas da Turquia; Imagem: BBC
As placas tectônicas da Turquia; Imagem: BBC

A magnitude do terremoto gravado por câmeras de segurança, veja o tempo que ficou balançando. Além da magnitude, o tempo é um dos fatores que causam destruição.

Momento de desabamento de um prédio:

O tempo que durou o terremoto:

Os estragos causados nas cidades:

Fatores de destruição de um terremoto?

Os principais fatores que contribuem para a destruição causada por terremotos:

  • Magnitude: A magnitude do terremoto é a medida da sua força e é um fator importante na avaliação do impacto potencial de um evento sísmico. Terremotos maiores tendem a causar mais destruição.
  • Profundidade: A profundidade do hipocentro (ponto de origem do terremoto) também influencia na intensidade de um terremoto. Terremotos que ocorrem mais próximo à superfície tendem a causar mais destruição.
  • Localização: A localização de um terremoto em relação a populações humanas e estruturas urbanas é um fator importante na avaliação do impacto potencial de um evento sísmico.
  • Tipo de solo: O tipo de solo nas áreas afetadas também pode afetar a destruição causada por um terremoto. Solos mais macios, como rochas, tendem a transmitir menos energia sísmica, enquanto solos mais moles, como areia e argila, podem amplificar a energia e aumentar a destruição.
  • Tipo de construção: O tipo de construção nas áreas afetadas também é importante na avaliação do impacto potencial de um terremoto. Edifícios mais antigos e mal construídos tendem a ser mais suscetíveis a danos, enquanto edifícios modernos projetados para resistir a terremotos podem ser menos suscetíveis a danos.