Em Marte desde agosto de 2012, a sonda Curiosity da NASA continua estudando a atmosfera do planeta com o objetivo de, entre muitas coisas, encontrar rastros de vida e ajudar os cientistas a entender a formação do planeta. Contribuindo com esse feito, novas imagens capturadas do céu do Planeta Vermelho intrigou os cientistas.

Tais imagens flagraram a presença de nuvens na área do equador de Marte durante a época mais fria do planeta. O brilho identificado nas imagens é o que mais intriga os humanos, visto que devem se tratar de cristais de gelo compostos por água, o que incentiva as pesquisas sobre a presença de vida.

Capturada em 5 de março de 2021, as imagens mostram nuvens iridescentes, ou madrepérola. (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Capturada em 5 de março de 2021, as imagens mostram nuvens iridescentes, ou "madrepérola". (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

De acordo com estudos recentes, essas nuvens estão se tornando cada vez mais comuns em Marte. Mas o fator especial é que durante as observações realizadas pela sonda entre 19 a 31 de março deste ano apontaram que elas estão a uma altitude de pelo menos 60 quilômetros do solo, o que é mais alto e mais frio do que o normal, podendo na realidade, ser compostas por dióxido de carbono (gelo seco) ao invés de água.

Próximo passo

Com essa incógnita ainda não resolvida, as observações precisam continuar sendo realizadas normalmente para identificar a verdadeira composição dessas nuvens. Resolver essa questão é um passo crucial para a ciência, já que pode influenciar diretamente na possibilidade de existir ou ter existido vida no planeta.

Imagens capturadas pelo mastro da sonda Curiosity em 28 de março de 2021 mostram nuvens logo após o pôr do sol,  durante o 3.072º dia marciano da missão (Foto: NASA / JPL-Caltech)
Imagens capturadas pelo mastro da sonda Curiosity em 28 de março de 2021 mostram nuvens logo após o pôr do sol, durante o 3.072º dia marciano da missão (Foto: NASA / JPL-Caltech)

De acordo com as imagens exibidas acima, podemos perceber que suas estruturas são finas e ao mesmo tempo onduladas, o que facilita a visualização pelas câmeras de navegação da sonda Curiosity. Uma delas é a Mast Camera (Mastcam) que captura imagens coloridas, determinando o brilho das nuvens.