Uma das técnicas que estão sendo pesquisadas para tratamento da perda de visão pelos cientistas são as que envolvem tratamentos de terapia genética. Este tipo de procedimento utiliza-se de um material genético selecionado que é injetado nos olhos do paciente para tratar as mutações. O resultado desta técnica aplicada surpreendeu os pesquisadores devido ao fato de a injeção ser aplicada em apenas um dos olhos, mas ambos terem o nível de visão melhorado.

As técnicas de terapia genética possuem um grande potencial e podem ser utilizadas em diversas situações de saúde como, por exemplo, câncer e diabetes em cachorros, além de obesidade e danos à medula espinhal. Porém, a área que mais tem obtido um grande progresso é na perda de visão hereditária, onde já foi demonstrado com estudo o potencial da terapia genética para tratar daltonismo, doenças retinais progressivas e glaucoma (alguns destes estudos chegaram a receber a aprovação do FDA).

Como funciona?

Grande maioria dos pacientes sofrem de uma mesma mutação que afeta o gene MT-ND4, por este motivo os pesquisadores focaram nesta mutação para tentar conseguir resultados mais eficientes para quem sofre de LHON. Ao injetar no olho um vetor viral embalado com um DNA complementar modificado chamado rAAV2 / 2-ND4, os cientistas obtiveram um excelente resultado. O autor do estudo, Dr. Yu-Wai-Man, diz:

"Esperávamos que a visão melhorasse nos olhos tratados apenas com o vetor da terapia genética. De forma bastante inesperada, ambos os olhos melhoraram em 78 por cento dos pacientes no ensaio, seguindo a mesma trajetória ao longo de dois anos de acompanhamento."

O artigo da pesquisa pode ser acessado através da revista Science Translational Medicine.

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