Se você é um fã de astronomia, saiba que este pode ser um hobbie muito gratificante e educacional. Entender de ciência é fundamental para qualquer ser humano que se importe com o planeta aonde vive e o universo. Mas nem sempre é fácil, por exemplo, observar estrelas e outros astros no céu. Primeiramente, porque, no Brasil, não temos essa cultura, não estudamos a fundo nas escolas, isso porque poucas instituições de ensino dispõe de equipamentos para observação de astros.

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Aos poucos que tem este interesse, a boa notícia é que a evolução da tecnologia proporcionou mais facilidade em comprar instrumentos para observar astros, e ainda podemos contar com a ajuda da internet para entender melhor sobre as maravilhas que cercam o planeta Terra. Se você está pensando em adquirir um binóculos ou telescópio para astronomia amadora, confira esse nosso guia e entenda um pouco mais sobre os aparelhos disponíveis atualmente.

Se você não tiver certeza de como escolher qual é o melhor binóculo ou telescópio para você, siga estas sugestões para tomar sua decisão.

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Comece com um binóculo

O primeiro conselho que você receberá se perguntar a um astrônomo que telescópio comprar é este: Comece com um binóculo. Os telescópios exigem conhecimento, paciência e um grande investimento. Em vez disso, experimente usar binóculos primeiro. Geralmente, você conseguirá ver muito mais com o binóculo de qualidade do que com um telescópio ruim, além dele ser mais barato.

Um bom binóculo permitirá que você veja muito mais do que você poderia esperar, incluindo Júpiter e suas luas ou até mesmo lugares mais distantes, como a Nebulosa de Órion e outras galáxias. Não apenas os binóculos são consideravelmente mais baratos do que um telescópio decente, mas você pode usá-los para outros hobbys, como observação de pássaros e atividades esportivas ao ar livre.

Para a astronomia de quintal, a maioria das pessoas recomenda um conjunto de binóculos 7x50 ou 10x50, que geralmente são as maiores lentes que você pode segurar de maneira confortável. O poder de ampliação é a consideração mais importante. Se você estiver familiarizado com a fotografia, saberá que é isso que determina a quantidade de luz que a lente coleta. A segunda consideração mais importante a ser feita é a abertura da lente (medida em milímetros).

Comece com um binóculo
Comece com um binóculo

O segundo conselho que você provavelmente obterá é se juntar a um clube de astronomia local, onde você pode aprender alguns dos princípios básicos e experimentar diferentes tipos de telescópios antes de comprar seu próprio equipamento.

Escolha binóculos de qualidade. Evite marcas muito baratas, como "Sakura Bushmaster, Konus, Bushnel", especialmente quando o valor é bem abaixo dos R$ 400,00. Prefira marcas tradicionais como Pentax, Celestron, Meade, Zeiss e Tento. 

Não compre binóculos com zoom, pois os bons não têm esse recurso, salvo raras exceções. Escolha um modelo 7x50 ou 10x50. O primeiro número indica o aumento e o segundo o diâmetro da lente objetiva em milímetros. O 7x50 é mais leve e mais fácil de transportar do que um 10x50, mas a capacidade é apenas um pouco menor. 

Como escolher seu primeiro telescópio?

Se você está realmente pronto para fazer observações mais sérias, então você deve saber que existem alguns telescópios que o levarão a um início mais rápido do que outros, e você deve ter algumas coisas em mente ao comprar um. Antes, veja abaixo os tipos de telescópios para astrônomos amadores.

A abertura do telescópio é o elemento mais importante

Acima de tudo, o tamanho da abertura da lente é o principal fator a ser considerado na hora de medir o custo/benefício do instrumento. Todos os telescópios trabalham juntando luz e concentrando-a num ponto. As lentes oculares são usadas para ampliar a imagem focada, assim, você pode ver melhor os detalhes de objetos distantes e fracos. 

Para ver objetos mais fracos e com mais detalhes, você precisa coletar mais luz. A maneira de fazer isso é ter uma lente com abertura maior, e é por isso que, depois de ter um orçamento definido, essa é a principal consideração na compra de telescópio.

Os telescópios Dobsonianos (modelo de telescópio newtoniano sobre uma montagem altazimutal) oferecem a maior abertura a um menor custo. Eles oferecem capacidade de coleta de luz pura e inalterada.

Outros tipos de instrumentos custam mais para a mesma abertura de lente. Ou você obtém uma abertura menor pelo mesmo preço. Isso porque, parte do custo de fabricação de telescópios não Dobsonianos, é usado em montagens, rastreamento, qualidade de lentes etc. Um dobsoniano é ideal para quem quer ser um amador na astronomia, com um baixo custo. 

Tipos de telescópíos

Telescópios refratores (Lunetas)

Os refratores são o único tipo de telescópio que não usam espelhos. Eles usam apenas uma lente de vidro para focalizar a luz que entra no tubo do telescópio.

Essa lente fixa é grande e profissional, ideal para alguns usuários, porque não há necessidade de mirar. E, especialmente com lentes de alta qualidade, há o benefício adicional de menos distorções ópticas, como a aberração cromática. Isso faz com que alguns refratores sejam ótimos para a astrofotografia, mas eles geralmente tem lentes 'apocromáticas', muito caras e fora do alcance financeiro de muitas pessoas.

Os contras dos refratores são o alto custo. Fazer lentes é barato apenas quando elas são pequenas, e é por isso que muitos telescópios básicos são refratores. À medida que o tamanho da lente aumenta, eles se tornam muito caros, especialmente quando a qualidade do vidro usado para produzi-los é melhorada.

Existe uma grande oferta de refratores baratos, mas são difíceis de competir com aparelhos de maior qualidade, especialmente para astrofotografia. Entretanto, nas faixas intermediárias, você corre o risco de ter o pior dos dois mundos: Abertura menor e vidro de qualidade inferior.

Telescópios refratores
Telescópio refrator

 

Telescópio refletor newtoniano

O refletor newtoniano possui um espelho em uma extremidade de um tubo, que reúne a luz que entra na extremidade oposta. Esse espelho primário reflete a luz coletada até um espelho secundário que, por sua vez, o foca em direção a uma ocular montada na lateral do tubo do telescópio.

De um modo geral, um refletor mais caro terá uma abertura maior e um espelho de melhor qualidade, em termos de moldagem e revestimentos usados ​​para anular defeitos óticos inerentes.

Os newtonianos são o cavalo de batalha do mundo dos telescópios. Eles podem ser usados na observação de planetas, céu noturno e astrofotografia. Com ele você poderá observar imagens fantásticas, principalmente se você já está acostumado a observar a olho nu. A desvantagem desse tipo de telescópio é que eles não surpreendem astrônomos amadores de nível intermediário.

Com telescópios Newtonianos você terá uma boa abertura e uma boa visão. Um newtoniano é uma boa opção para quem nunca teve um telescópio antes.

 Telescópio refletor newtoniano
Telescópio refletor newtoniano

Telescópios catadióptricos (compostos)

Os Catadioptrics fazem um truque muito inteligente: Eles combinam lentes e espelhos para criar uma distância focal longa em um tubo muito mais curto.

Por exemplo, em um dobsoniano com uma distância focal de 1500 mm, o tubo terá cerca de 60 polegadas (152 cm) de comprimento. A mesma distância focal espremida em um catadióptrico pode precisar de um corpo com apenas 24 polegadas (60 cm) de comprimento.

A vantagem óbvia disso é o poder de captação de luz (abertura) e a ampliação (distância focal) de um Dob em um pacote significativamente menor, mais leve e mais fácil de transportar. A desvantagem de um telescópio composto é que, polegada por polegada, custará muito mais do que um refletor Dob ou Newtoniano (apenas os refratores de ponta são mais caros por polegada de abertura).

Por serem telescópios de corpo menor, os compostos são fáceis de serem motorizados. Conectados à controle e rastreamento, eles são uma boa escolha para astrofotografia. Entretanto, a famosa linha NexStar da Celestron é fornecida com uma montagem altazimute, o que torna a astrofotografia mais difícil do que se fosse montada em um tripé equatorial.

Os catadióptricos são ideais para você que apenas quer observar planetas e objetos do espaço profundo, e ficará feliz em permitir que um computador encontre e siga as coordenadas. Você também pode se beneficiar das capacidades de um telescópio catadióptrico motorizado, se você vive sob um céu altamente poluído pela luz, porque eles encontram objetos que são muito difíceis de encontrar.

Telescópios catadióptricos
Telescópios catadióptricos

 Como escolher um telescópio?

Antes de mais nada, qual o tipo de objeto que você pretende observar?

  • Telescópios com razão focal igual ou maior que f/10 são ideais para a observar objetos luminosos, como a Lua e planetas.
  • Telescópios com razão focal igual ou menor que f/6 são indicados para a observação de objetos tênues, como galáxias e nebulosas.

A razão focal do telescópio é igual a divisão da distância focal do instrumento pelo diâmetro de sua objetiva (Em lunetas ou telescópio newtoniano, a distância focal corresponde ao comprimento do tubo e o diâmetro da objetiva corresponde ao diâmetro do tubo do telescópio.

O que é possível de ver com cada tipo de lente?

  • Refrator 50 milímetros: Lua, Vênus, Marte, Jupiter, Plêiades, Híades e a nebulosa de Órion M42;
  • Refrator 60 milímetros: Crateras da Lua, sombras lunares, Lua Titã de Saturno e fases de Vênus; 
  • Refrator 75 milímetros: Estrelas de 11 magnitudes, calotas polares de Marte, faixa equatorial de Jupiter, divisão de Cassini, as luas Rhéa, Japeto e Thetis e anéis de Saturno;
  • Refrator 95 milímetros: Objetos celestes de 11.5 magnitudes e sombras das manchas solares;
  • Refrator de 110 milímetros ou Refletor de 120 milímetros: Objetos celestes de 12 magnitudes, ranhaduras da superfície da Lua, detalhes das faixas de Jupiter, anel sombrio de Saturno, lua Dionéia de Saturno e a nebulosa de Lyra.
  • Refletor de 150 milímetros: Objetos celestes de 13 magnitudes, manchas aleatórias nos discos planetários de Mercúrio e Vênus, variações de tonalidades e dos aspectos da Lua, variações das calotas polares de Marte, faixas de Jupiter bem nítidas e detalhes de Urano;
  • Refletor de 200 milímetros: Objetos celestes de 13.5 magnitudes;
  • Refletor de 300 milímetros: Objetos celestes de 14 magnitudes, satélites de Urano e de Tritão (satélite de Netuno).