O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é conhecido por falar muito e às vezes falar até demais. Segundo ele, os EUA precisam voltar a ter liderança em alguns assuntos-chave que anteriormente dominavam. E para nossa sorte, entre esses assuntos está nada mais nada menos do que a reconquista do espaço pelos Estados Unidos. 

Assim, a administração do presidente não tem feito cerimônias em deixar bem claro que deseja colocar o quanto antes astronautas na Lua, novamente. E para quem achava que poderia tratar-se de apenas mais uma bravata do governante, lá vem a boa notícia: finalmente, um passo para que isso aconteça foi dado, ou melhor, será dado.

Em uma declaração oficial, a Casa Branca disse que o presidente assinará a Diretiva 1 da Política Espacial, que ordena à NASA que liderem um "programa inovador de exploração espacial" e que envie astronautas para a Lua e, "eventualmente," Marte. Os detalhes sobre o que a política implica não estão disponíveis neste momento, mas a assinatura ocorrerá às 18 horas de hoje.

E a data não é uma coincidência, hoje é o 45º aniversário do último pouso tripulado na Lua na missão batizada de Apollo 17.

O vice-presidente Mike Pence já havia se manifestado sobre as intenções da Casa Branca, ainda em outubro quando afirmou que o simbolismo de retornar à Lua é muito importante, é claro, mas para ele a viagem à Lua é mais do que isso, é a chance de de "construir a base" para viagens a Marte "e além". Nos bastidores se fala também da possibilidade de minerar a Lua, porém, nenhum indício concreto acerca da questão pode ser visto nas falas fo presidente Trump ou dos informativos da própria NASA (segundo estudos, trilhões de dólares em Hélio-3 esperam para serem minerados no solo lunar). 

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Embora alguns apoiem a ideia de criar um entreposto na Lua para facilitar uma possível viagem a Marte, há preocupações de que a insistência em um bate e volta na Lua não ajudaria muito, e só serviria para atrasar uma visita ao Planeta Vermelho além de, é claro, ser uma despesa significativa e que pode ser evitada neste momento.

Há também quem diga que esta discussão não passa de um bode expiatório do governo americano para fazer a mídia esquecer que o orçamento da NASA, e dos programas de ciências como um todo, está cada vez menor e sem perspectiva algum de mudança. 

Pelo sim ou pelo não, esperamos que, em breve, sejam retomados as missões tripuladas à Lua. P.S. tô livre pra ser astronauta.