Uma pequena rocha espacial chamada 2025 PN7 foi identificada por astrônomos e classificada como uma "quase-lua" da Terra. Segundo um estudo publicado no início de setembro, esse objeto acompanha nosso planeta em sua volta ao Sol há cerca de seis décadas, mas permaneceu invisível até agora devido ao seu tamanho muito pequeno e um nível de brilho muito fraco.
O que é uma quase-lua?
Diferente das mini-luas temporárias, como a 2024 PT5, que orbitou a Terra por apenas dois meses no ano passado, a 2025 PN7 segue uma órbita próxima à da Terra em torno do Sol. Isso faz com que ele se pareça com um companheiro discreto e constante, que se mantém perto sem ser um satélite natural como a nossa Lua principal.
Entre os poucos objetos conhecidos desse tipo está Kamo‘oalewa, que também pode ser um fragmento lunar e será estudado pela missão chinesa Tianwen-2, lançada em maio e com previsão de coleta de amostras para 2027.
Difícil de observar
O 2025 PN7 foi detectado em 29 de agosto pelo observatório Pan-STARRS, no Havaí. Estima-se que tenha entre 19 e 30 metros de diâmetro. Na aproximação máxima, o objeto chega a 299 mil quilômetros do planeta, mais perto do que a distância média da Lua (384 mil km).
Segundo o astrônomo Carlos de la Fuente Marcos, responsável pelo estudo, essa proximidade só ocorre em janelas raras de visibilidade, o que explica por que ele passou despercebido por tanto tempo.

Ainda não se sabe ao certo a composição do 2025 PN7, mas os cientistas acreditam que ele seja um asteroide natural do grupo Arjuna, pequenas rochas que orbitam o Sol em trajetórias semelhantes à da Terra. Há também a possibilidade de ser um fragmento ejetado da própria Lua em impactos antigos.
O objeto deve permanecer em sua órbita atual por mais 60 anos, antes de ser desviado de volta para uma trajetória em formato de ferradura pela influência gravitacional do Sol.