Agora que o Mauro já falou sobre a Análise de Mercado e a Estratégia de conteúdo, chegou a hora de colocar a mão na massa e começar a criar o site da empresa. Mas afinal de contas, qual é a participação destes documentos neste processo?

Bom, quando um cliente nos procura para construir um site, ele normalmente não tem idéia de como usar a internet para atingir o seu público alvo da forma mais eficiente. Ele não imagina como funciona a união entre o texto, as imagens e as cores neste meio e como isso pode influenciar a percepção dos seus clientes em relação à sua marca. É justamente aí que entra a Estratégia de Conteúdo, definindo a melhor abordagem para apresentar a empresa e os seus produtos ao mercado.

Não se esqueça que conteúdo não significa apenas o texto, mas também todos os outros elementos que farão parte do design. A Estratégia de Conteúdo oferece subsídios para argumentação junto ao cliente e justifica todas as nossas decisões em relação ao design do site propriamente dito.

Como o Mauro disse anteriormente, é preciso sempre deixar claro para o seu cliente que você é um especialista no assunto, que todas as suas escolhas são muito bem fundamentadas e não foram feitas ao acaso. Por este motivo em especial, a Estratégia de Conteúdo tem se mostrado fundamental para o sucesso dos nossos projetos.

Pensando nos clientes do seu cliente
Quando o Mauro me ligou pela primeira vez para conversarmos sobre o escopo deste projeto, as idéias começaram a pipocar na minha cabeça do mesmo jeito que acontece nos desenhos animados, com direito aquela lâmpada brilhante e tudo. Neste momento é muito importante não deixar que os seus pré-julgamentos dominem a criação, é preciso avaliar cuidadosamente cada escolha para que o design final atenda aos objetivos da Estratégia de conteúdo.
Algumas das minhas idéias iniciais, por exemplo, foram por água abaixo assim que eu recebi os arquivos com a identidade visual da empresa. Analisando apenas o logotipo, eu pude perceber que o branding da empresa passa uma imagem jovem e arrojada, totalmente diferente de um visual clássico e conservador que eu tinha imaginado inicialmente.

Na hora de criar o site é preciso sempre ter em mente que você deve atender inicialmente as necessidades dos clientes da empresa que te contratou. Quando eles estão satisfeitos, por tabela, o seu cliente também vai estar. A Análise de Mercado tem um papel muito importante nesta tarefa, pois dentre outras coisas ela definiu o perfil básico dos visitantes do site, os categorizou e sabe qual é a melhor forma de agradá-los.

Dando uma cara ao site
Com todo esse material em mãos, eu começo então a fazer a direção de arte do projeto. É neste momento que eu escolho a tipografia mais apropriada, as imagens e a paleta de cores, que neste caso já estava parcialmente definida na identidade visual.

Dentre todos estes elementos, eu acredito um dos mais importantes é a tipografia, onde dedico boa parte do tempo. A tipografia sozinha tem um peso muito grande no design, ela é capaz de definir todo o mood do projeto. Quando é bem trabalhada passa quase despercebida, do contrário é capaz e arruinar todo o trabalho.
A escolha da paleta de cores merece um artigo à parte devido a complexidade desta tarefa. Existem diversas formas de chegar a uma paleta, a minha preferida é usar uma fotografia como base para a escolha dos diversos tons que serão usados no design. A principal vantagem deste método é que na maioria das vezes as cores encontradas na natureza já estão harmoniosas, ficando fácil ver como elas interagem entre si.

A última etapa da direção de arte é a escolha das fotografias que farão parte da composição do site. Não são todos os projetos que exigem o uso de fotografias, mas naqueles que fazem é preciso ter muito cuidado para não exagerar na dose, deixando o site carregado de mais e comprometendo a compreensão do conteúdo.

E agora?
Agora só nos resta aguardar o cliente aprovar todo este material. Mas isso não significa cruzar os braços, pelo contrário, ainda tem muito trabalho pela frente. O assunto da próxima semana estará centrado nos wireframes, o Mauro vai falar sobre a sua aprovação pelo cliente e o seu papel na arquitetura do site. Por aqui e eu vou dar prosseguimento aos estudos do design, mostrando como aplicar nos wireframes todos os conceitos definidos pela direção de arte, deixando eles a um passo de se transformar no site final.

Artigo escrito por Humberto Oliveira