Apresentado no início de 2020, por volta de fevereiro, pelo professor Gil Weinberg da Georgia Tech, o robô Shimon, na ocasião, tocava marimba e cantava, mas podemos dizer que isso não seria surpreendente, afinal, tais tarefas podem ser programadas. Mas agora o robô voltou a ficar sob a luz dos holofotes cantando rap com rimas criadas em tempo real.

A Scientific American relata que Shimon é capaz de fazer suas próprias letras, rimas e se tornar um "oponente real de uma batalha de rap". As rimas de Shimon são cativantes. Por um lado, o robô tem sobrancelhas metálicas que se mexem acompanhando a batida da música, tornando tudo muito mais atraente.

Ele ainda tem sua própria página verificada do Spotify, com canções como "Into Your Mind", "Under My Thumb", "Biological Inclusion", o intrigante "Gospel in Space" e "Consciousness Performs". O que, francamente, soa mais como nomes de músicas psicodélicas do que rap, mas quem somos nós para julgar?

Entre outras habilidades, fazer rap requer uma habilidade suave para improvisar. É um modo criativo que exige adaptação rápida às palavras e ao contexto. Em outras palavras, nenhum tropeço é permitido. Para Shimon, o robô, compreender o rap se resume à análise de texto combinada com o poder da computação.

O software de Shimon registra as dicas verbais de oponentes humanos e converte essas letras em texto concreto. Esse texto contém uma grande quantidade de informações para Shimon analisar. Shimon então usa esses dados textuais como material de aprendizagem. Os dados históricos vêm de Jay Z, Lil Wayne e outros rappers icônicos para fornecer a Shimon um contexto mais amplo.

O mais interessante é que Shimon se baseia em dados de fenômenos. Ele ouve como essas palavras são pronunciadas, o que resulta em informações de áudio distintas. Dividindo o texto e as informações do fenômeno que recebe, Shimon trabalha em sua própria ideia de rima em tempo real. E é aí que a diversão acontece.

O rapper robô tem que conciliar qualidade e quantidade, sem comprometer nenhuma das duas. Por esse motivo, seus inovadores Georgia Tech mantiveram seu vocabulário limitado a 3.000 palavras. Não é muito, mas ainda ajuda Shimon a conseguir retornos impressionantes.

Em sua essência, Shimon está se intrometendo na transição de fala para texto e texto para fala, mas há potencial para ficar ainda mais forte no rap. Talvez um dia supere os rappers humanos. Por enquanto, porém, os criadores de Shimon querem ver se ele é capaz de duelar com outro robô.