Recentemente foi relatado que um spyware de uma empresa israelense foi utilizado para hackear 37 smartphones de jornalistas, funcionários do governo e ativistas de direitos humanos em todo o mundo. A informação veio através do Reuters, onde é dito que foi realizada por 17 organizações de mídia uma investigação confirmando o caso.

Uma das organizações responsáveis pela investigação, o The Washington Post, afirmou que o spyware Pegasus licenciado pelo NSO Group de Israel também foi utilizado para invadir smartphones de duas mulheres próximas ao jornalista Jamal Khashoggi, que foi assassinado. Além disso, houve também um relato do The Guardian, onde disse sobre um "abuso generalizado e contínuo" do software de hacking da NSO, um malware que infecta telefones permitindo a extração de mensagens, fotos e e-mails, assim como gravar chamadas e ativar o microfone sem permissão.

Espionagem cibernética

De acordo com a NSO, o spyware Pegasus foi desenvolvido apenas para ser utilizado por agências de inteligências e aplicação da lei do governo para combater o terrorismo e o crime. Ainda foi dito pela empresa que o relatado pelos 17 sites de mídia não ocorreu. A companhia diz:

"O relatório da Forbidden Stories está cheio de suposições erradas e teorias não corroboradas que levantam sérias dúvidas sobre a confiabilidade e os interesses das fontes. Parece que as 'fontes não identificadas' forneceram informações que não têm base factual e estão longe da realidade.

Depois de verificar suas alegações, negamos firmemente as falsas alegações feitas em seu relatório."

NSO diz que seu spyware não tem relação com o assassinato de Jamal

A NSO afirma que sua tecnologia não está relacionada de forma alguma ao assassinato de Jamal. Entretanto, a pesquisa feita pelos sites de mídia disse que mais de 1000 pessoas de 50 países foram afetadas pela invasão do Pegasus. Dentre as vítimas, havia membros da família real árabe, 50 executivos de negócios, 85 ativistas de direitos humanos, 189 jornalistas e mais de 600 políticos e funcionários do governo.

Mais de 180 jornalistas foram vítimas da invasão do Pegasus

O site The Guardian diz que mais de 180 jornalistas estão entre as vítimas de invasão e roubo de dados. Dentro os afetados, estavam editores e executivos do Financial Times, CNN, New York Times, The Economist, Associated Press e Reuters.

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