Na última sexta-feira (15), dois acontecimentos deixaram as pessoas assustadas e bastante preocupadas. No céu da Rússia uma luz gigantesca causou muito pavor e também estragos materiais. Na tarde, um asteroide passou raspando pelo nosso planeta.

De acordo com Daniela Lazzaro, pesquisadora do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, na Rússia "um objeto de tamanho estimado entre 10 metros e 15 metros entrou na atmosfera, mas explodiu antes de chegar ao solo".

O acontecimento na Rússia foi registrado por câmeras de segurança e também por muitas pessoas que estavam se dirigindo ao trabalho através de seus aparelhos celulares. "As explosões são explosões do objeto antes de chegar ao solo", afirma Daniela.

Com o choque na atmosfera, uma onda invadiu o local, foram vários estrondos, e o grande deslocamento de ar acabou quebrando muitos vidros, paredes e ainda deixando a população apavorada. A onda de choque equivale a 30 bombas de Hiroshima.

Mais de mil pessoas se feriram por estilhaços de vidros e também pela queda de paredes.  "Todos os feridos, todos os danos foram causados pela explosão e não pela pedra que tenha caído na cabeça dessas pessoas", avalia a pesquisadora.

Mas afinal, qual a diferença entre meteoro e asteroide?

Os asteroides são formados de rocha e metal ao contrário dos cometas que são feitos de gelo e poeira. Ao entrar na nossa atmosfera, um asteroide passa a se chamar meteoro. Ao se romper, os detritos formados pela explosão recebem o nome de meteoritos.

Apesar do susto inicial, a pesquisadora explica que a Terra possui uma blindagem própria, ao qual tudo que possui menos de 35 metros de diâmetros ao tentar pela atmosfera acaba sendo queimada.

O asteroide que passou bem pertinho do nosso planeta na tarde na última sexta-feira (15) possuía um tamanho maior, por esta razão foi identificada a sua passagem com bastante antecedência. O asteroide chegou a menos de 30 mil quilômetros de distancia da Terra, em termos astronômicos, uma distancia bastante pequena.  "Foi a maior aproximação de um corpo desse tamanho prevista pelos pesquisadores", destaca Daniela.

Para a pesquisadora, os dois eventos que aconteceram com poucas horas de diferença não possuem qualquer ligação. Além do mais, para os estudiosos, ambos eventos não são motivos de pânico entre as pessoas. "Medo ninguém precisa ter. A probabilidade maior de morrer atropelado do que por um objeto desse tipo", salienta a pesquisadora.