A tão esperada cura (ou tratamento) para o Mal de Alzheimer pode finalmente ser realidade. Pelo menos é o que duas equipes de cientistas afirmaram. Os testes foram feitos apenas em camundongos, porém é possível que testes em humanos comecem em breve. O fim dos testes deve levar de 6 a 8 anos, dependendo dos requerimentos feitos pela administração reguladora dos remédios nos Estados Unidos (FDA).

A doença, que provoca demência em pessoas idosas de uma maneira progressiva, surge em torno dos 30 anos, mas costuma se manifestar a partir dos 60 ou 65 anos. Com isso, os pesquisadores acreditam que existe esse período de 30 a 40 anos para proteger o cérebro, que fica vulnerável conforme a idade avança, e até mesmo evitar a aparição do Mal de Alzheimer.

O protótipo da vacina, conhecido como EB-101, feito pelo Centro de Pesquisa Biomédica EuroEspes utiliza uma combinação da própria beta-amiloide (proteína tóxica associada ao Mal de Alzheimer) com outras substâncias para combater a doença. A beta-amiloide provoca a formação de placas senis, que caracterizam a doença, afetando células do cérebro e provocando os sintomas que caracterizam o Alzheimer.

Mas existe uma equipe na Université Laval, CHU de Québec, Canadá, que trabalha em algo semelhante e que já foi largamente testado em ratos de laboratório. Juntamente com a empresa farmacêutica GlaxoSmithKline, o time desenvolveu um composto chamado monofosforil lipídio A, conhecido pela sigla em inglês MPL.

Esse composto agiu contra a degeneração do cérebro, diminuindo a produção das placas senis em até 80% e melhorando a cognição dos camundongos.

Os pesquisadores pensam em duas possibilidades para o MPL. Poderia tanto ser injetado em pessoas para diminuir a progressão da doença quanto ser transformado em vacina, que estimularia a produção de anticorpos contra a beta-amiloide. Com a vacina, poderia se ter uma efetividade maior em promover imunidade natural  em pessoas que já possuem a doença. Também, seria uma medida preventiva se administrada efetivamente.