De acordo com a conhecida companhia de segurança na computação, a Kaspersky Lab,  um novo vírus de vigilância virtual que é capaz de espionar transações bancárias como também roubar senhas de acesso a sites e redes sociais, e-mails e também mensagens instantâneas foi identificado no Oriente Médio.

O vírus, conhecido como Gauss, bem provavelmente deve ter sido desenvolvido no mesmo laboratório ao qual o Stuxnet, a praga virtual que os Estados Unidos juntamente com Israel, ao que tudo indica, criaram para atacar o programa nuclear no Irã.

"Depois de estudar o Stuxnet, Duqu e Flame, podemos afirmar com grau considerável de certeza que o Gauss veio da mesma ''fábrica'' ou ''fábricas''", afirmou a Kaspersky em seu site. "Todos esses kits de ataque representam esforços nacionais sofisticados de espionagem cibernética e de guerra cibernética patrocinadas por Estados."

Uma Agência das Nações Unidas responsável por assessorar os países na proteção de sua infraestrutura está planejando divulgar um alerta sobre esse novo vírus.

"Não sabemos exatamente o que ele faz. Temos alguma ideia. Vamos enfatizar esse ponto", disse Marco Obiso, coordenador de segurança cibernética da União Internacional de Telecomunicações, ou UIT, em Genebra.

A companhia de segurança acredita que o número de vítimas do vírus já chegue a milhares. Mais de 50% dos casos identificados, cerca de 2,5 mil, aconteceram no Líbano e apenas 43 nos Estados Unidos. Os alvos incluem os bancos libaneses BlomBank, ByblosBank e Credit Libanais, bem como o Citibank, parte do Citigroup, e o serviço de pagamento online PayPal, do eBay.

Executivos dos três bancos do Líbano dizem que não tem conhecimento do vírus. O porta-voz do PayPal, Anuj Nayar, informou que a empresa está investigando o assunto.