O radiotelescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA, em inglês), situado no norte do Chile, conseguiu captar com vários detalhes a formação de planetas ao redor da estrela de tipo solar TW Hydrae, o que pode demonstrar o nascimento de uma versão infantil da Terra ou mesmo uma super-Terra com mais massa.

O ALMA é formado por 66 antenas instaladas no Llano Chajnantor, no norte do Chile, a mais de 5.000 metros de altura. O observatório é uma associação entre o Observatório Europeu Austral (ESO), a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos e os Institutos Nacionais de Ciências Naturais do Japão, em cooperação com a República do Chile.

A imagem captada pelo ALMA, de acordo com o observatório, "revela um espaço à mesma distância da estrela que a Terra em relação ao Sol, o que pode significar que está começando a nascer uma versão infantil de nosso planeta ou, possivelmente, uma super-Terra, com mais massa".

Em razão da sua proximidade com a Terra, de 175 anos-luz de distância, a estrela TW Hydrae, costuma ser muito estudada pelos astrônomos. Ela é o disco protoplanetário mais próximo da terra e pode ser bastante semelhante ao Sistema Solar quando ele tinha apenas 10 milhões de anos.

"Estudos anteriores, realizados com telescópios óticos e com radiotelescópios, confirmam que a TW Hydrae abriga um proeminente disco cujas características sugerem que há planetas começando a se formar", afirma Sean Andrews, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian em Cambridge, Massachusetts (Estados Unidos).

As novas imagens captadas pelo ALMA exibem o "o disco com um detalhe sem precedentes, revelando uma série de anéis concêntricos de poeira brilhante e zonas escuras, com características interessantes que podem indicar que está sendo formado um planeta com uma órbita parecida com a da Terra".

Agora, a partir dos estudos do disco da TW Hydrae, os astrônomos esperam entender melhor como aconteceu a evolução da Terra e ainda as perspectivas para os outros sistemas da Via Láctea.