De acordo com físicos da universidade de Bath e Exeter, no Reino Unido,  com o uso de grafeno nas telecomunicações a internet poderá ficar até 100 vezes mais rápida. Os cientistas demonstraram que o material possui taxas de respostas ópticas bastante curtas.

De modo geral, as informações atuais são transmitidas e processadas através de dispositivos optoeletrônicos, como fibra óptica e laser. Os sinais, então, são enviados por fótons com comprimento de onda infravermelhos, e processados pelos chamados switches óticos, que acabam convertendo os sinais em impulsos de luz.

Os switches costumam responder a uma taxa de alguns picossegundos, ou seja, cerca de um trilionésimo de segundo.  Porém, usando uma pequena camada de grafeno, os cientistas constaram que a velocidade aumenta em 100 vezes, se comparado ao tempo de resposta atual.

"Nós observamos uma taxa de resposta óptica ultrarrápida usando o 'grafeno de poucas camadas', que tem aplicações interessantes para o desenvolvimento de componentes optoeletrônicos de alta velocidade. Esta resposta rápida está na parte infravermelha do espectro eletromagnético, onde muitas aplicações em telecomunicações, segurança e também na medicina estão sendo desenvolvidas," comentou o professor Enrico Da Como, coordenador do experimento.

O grafeno, chamado de "material do futuro", é um alótropo de carbono, assim como o carvão e também o diamante. O material foi descoberto na década de 30, porém, na época, não ganhou muita notoriedade já que acreditava-se que era um material bastante instável termodinamicamente.