A Sony anunciou nesta segunda-feira (14) que vai aumentar em 25% o preço do PlayStation 5 em algumas regiões do mundo. Segundo a empresa, a medida é uma "decisão difícil", mas necessária diante do aumento das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de fatores como inflação elevada e flutuação cambial. Por enquanto, o aumento não afeta os Estados Unidos nem a América Latina.

Sony é "obrigada" a aumentar o preço do PS5

De acordo com o comunicado oficial da Sony Interactive Entertainment (SIE), o reajuste será aplicado inicialmente apenas na edição digital do PS5 em alguns mercados, enquanto o modelo padrão com leitor de disco sofrerá alterações de preço em outras regiões específicas.

Confira os novos preços do PS5:

  • Europa: PS5 Digital a € 499,99
  • Reino Unido: PS5 Digital a £ 429,99
  • Austrália: PS5 padrão por A$ 829,95 e PS5 Digital por A$ 749,95
  • Nova Zelândia: PS5 padrão por NZ$ 949,95 e PS5 Digital por NZ$ 859,95

A Sony destacou que o recém-anunciado PS5 Pro terá seu preço mantido, sem alterações em nenhuma das regiões afetadas.

O aumento também atinge mercados do Oriente Médio, África e outros países da Oceania. Por enquanto, Brasil e América do Sul ainda não foram citados oficialmente como impactados pela decisão.

Indústria de tecnologia sente efeitos das tarifas de Trump

A decisão da Sony é apenas um exemplo de como as tarifas impostas por Donald Trump continuam afetando a indústria de tecnologia global. Empresas como Apple, Nintendo e diversas fabricantes de componentes também estão revendo estratégias para minimizar o impacto.

A Apple, por exemplo, realizou uma operação emergencial para transportar 600 toneladas de iPhones para os EUA antes da nova cobrança entrar em vigor. Já a Nintendo, diante das incertezas, adiou as encomendas do Switch 2 nos Estados Unidos para avaliar melhor o cenário.

Apesar de o governo norte-americano ter anunciado uma isenção de tarifas para smartphones, laptops e alguns eletrônicos, especialistas alertam que essas medidas são passageiras.

O Ministério do Comércio da China classificou a decisão como um "pequeno passo", e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que não haverá grandes concessões nas negociações em andamento com os EUA.

O futuro dos preços de eletrônicos e consoles como o PlayStation 5 ainda é incerto — e consumidores em todo o mundo podem sentir o impacto nos próximos meses.