A NASA, na última sexta-feira (29), juntamente com os suprimentos e equipamentos, enviou ainda para a Estação Espacial Internacional uma carga viva um tanto quanto inédita, ou seja, 20 ratos. Os gêmeos idênticos dos animais ficaram aqui na Terra. Os ratos irão chegar à ISS nesta segunda-feira (2).

O estudo tem como objetivo comparar os efeitos fisiológicos dos ratos com o seus gêmeos que continuam na Terra, e assim descobrir como os seus organismos respondem ao estresse e entrarem no espaço. A pesquisa é liderada pelos neurobiólogos Fred Turek e Martha Vitaterna, da Northwestern University. Dez ratos irão permanecer no espaço  e os outros dez ficarão no interior da estação por 30 dias.

Os cientistas, ao manterem o grupo de irmãos na Terra, poderão comparar como estar no espaço pode alterar a fisiologia  e comportamentos de um rato. A equipe pretende compreender melhor como o microbioma dos animais acaba sendo afetado por viagens espaciais.

NASA envia 20 ratos para Estação Espacial Internacional, saiba o motivo.
NASA envia 20 ratos para Estação Espacial Internacional, saiba o motivo.

Na Terra, os 20 ratos irão viver na NASA em um simulador que reproduz as mesmas condições da ISS (com exceção da presença da gravidade). A cada duas semanas, os astronautas da ISS e os cientistas da Terra irão recolher amostras de fezes de todos os ratos para poder comprar os seus excrementos. Vale mencionar que todos eles recebem a mesma alimentação.

Para completar, a equipe irá usar um dispositivo de medição de massa que não depende da gravidade para observar os corpos dos animais no espaço, e assim verificar as possíveis mudanças. Tudo será comparado com os irmãos que ficaram na Terra.

A NASA, há um tempo, já fez um estudo semelhante, comparando as mudanças no organismo de um astronauta humano com o seu gêmeo que ficou na Terra.

De acordo com Vitaterna, "o estudo sobre gêmeos humanos foi com um par de gêmeos, então o estudo com camundongos é estatisticamente melhor".