O governo do presidente Lula está pensando com cuidado se deve ou não cobrar impostos de produtos importados que custam até US$ 50. O motivo tem a ver justamente com o programa Remessa Conforme que começou em junho do ano passado. Se começar a cobrar mais impostos desses produtos, o governo acredita que isso possa atrapalhar a ideia de organizar melhor as lojas estrangeiras e quebrar também as empresas brasileiras.

Governo vê queda na importação de produtos de até US$ 50

Devido as altas taxas do programa Remessa Conforme, o volume de importações diminuiu bastante nos últimos meses
Devido as altas taxas do programa Remessa Conforme, o volume de importações diminuiu bastante nos últimos meses

De acordo com uma reportagem da Folha, os primeiros dados mostram que as pessoas estão comprando menos os produtos importados que custam até US$ 50, e que agora estão sendo substituídos por coisas feitas aqui no Brasil. O Remessa Conforme deixa isentas de Imposto de Importação as encomendas de até US$ 50 para pessoas físicas, desde que as empresas sigam as regras da Receita Federal.

Alguns no Congresso sugerem taxar essas compras como uma maneira de compensar a perda de dinheiro por causa de outras decisões do governo. No entanto, o governo está indo devagar nessa decisão, pensando nas mudanças que já aconteceram no jeito de as pessoas comprarem.

Eles têm medo de que, se começarem a cobrar mais impostos, isso pode fazer as pessoas pararem de comprar coisas de fora e também atrapalhar o que as empresas brasileiras estavam conseguindo. Atualmente, empresas estrangeiras como Shein, AliExpress e Shopee já aderiram ao Remessa Conforme.

O governo sabe que as compras já diminuíram um pouco, especialmente em coisas que custam mais de US$ 50, porque agora tem mais imposto. A diretora do AliExpress no Brasil diz que a carga de impostos de 92% para produtos acima de US$ 50 é muito alta e está fazendo as pessoas comprarem menos.

Decisão temerária

Enquanto algumas pessoas no governo não acham ruim a ideia de cobrar mais impostos, outras estão pedindo para ir devagar porque as coisas já estão mudando. Empresas brasileiras estão gostando mais da colaboração com as grandes lojas online estrangeiras, e o governo agora vê essas empresas como contribuintes, não como "fora da lei".

A situação ainda está sendo discutida, e alguns estados já começaram a cobrar mais impostos. Mas o governo quer fazer isso com cuidado para evitar que as coisas piorem ainda mais do que vem acontecendo nos últimos meses. A decisão final ainda não foi tomada, e algumas mudanças podem acontecer nas regras dos impostos estaduais.

A pergunta que fica é: o governo não sabia que o volume de importações diminuíria com o aumento dos impostos?

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