O céu vai reservar um espetáculo único no próximo domingo (7). Um eclipse lunar total, popularmente conhecido como Lua de Sangue, vai acontecer durante a noite e terá 1 hora e 22 minutos de totalidade, tornando-se o mais longo de 2025. Ao todo, o fenômeno deve durar 3 horas, 29 minutos e 24 segundos, somando as fases parcial e penumbral. Esse será o segundo eclipse lunar do ano; o primeiro ocorreu em 14 de março.

Onde será visível o eclipse de 7 de setembro

A Lua de Sangue poderá ser observada por inteiro em grande parte da Ásia, no leste da África e no oeste da Austrália. Já em regiões da Europa, em outras áreas do continente africano e também da Austrália, será possível ver ao menos parte da parcialidade ou da totalidade.

No Brasil, a fase penumbral poderá ser notada em alguns pontos da costa leste, quando a Lua começa a escurecer de forma sutil. Para quem não puder acompanhar diretamente, haverá transmissões ao vivo na internet.

A Lua vai ficar vermelha durante o eclipse?

Como já é de se imaginar, o apelido Lua de Sangue vem da tonalidade avermelhada que a Lua adquire durante o eclipse total. Isso acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, sofre um desvio e uma filtragem natural.

A Lua vai ficar com uma aparência avermelhada durante a transição do eclipse
A Lua vai ficar com uma aparência avermelhada durante a transição do eclipse

As cores azul e verde são dispersas, enquanto os tons avermelhados conseguem alcançar a superfície da Lua, dando ao satélite sua aparência característica nesses momentos.

Como funcionam os eclipses lunares

Um eclipse lunar ocorre apenas na fase de Lua cheia, quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e o satélite, projetando sua sombra sobre ele. Existem três tipos: o total (quando a Lua inteira fica encoberta), o parcial (quando apenas parte dela entra na sombra) e o penumbral (quando atravessa a meia-sombra da Terra, ficando apenas acinzentada).

Um eclipse lunar ocorre apenas na fase de Lua cheia
Um eclipse lunar ocorre apenas na fase de Lua cheia

Esses fenômenos não acontecem todos os meses porque a órbita da Lua é inclinada em relação à da Terra. Para que ocorra o alinhamento perfeito, é preciso que o satélite cruze os chamados "nodos", pontos específicos em que Sol, Terra e Lua ficam em sizígia, ou seja, perfeitamente alinhados.

Quando será o próximo eclipse?

O eclipse lunar total de setembro é o terceiro dos quatro eclipses previstos para 2025. O último será um eclipse solar parcial no dia 21 de setembro, mas esse será visível apenas em áreas do sul da Austrália, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida, sem registro para o Brasil.