A ciência desta vez produziu uma imagem de Júpiter com detalhes inéditos. A imagem de altíssima resolução foi resultado de uma técnica chamada de "Lucky Imaging", rastreando ondas de calor por debaixo das enormes nuvens de gás que envolvem o maior planeta do Sistema Solar.

Essa técnica cujo nome é literalmente "Imagem sortuda" em inglês é especificamente uma técnica de astronomia que combina múltiplas imagens de várias exposições diferentes, diminuindo ruídos e interferências e formando uma única imagem resultado da sobreposição de um mosaico de imagens.

Foi o Telescópio Gemini North, no Havaí, que capturou tais imagens, se aproveitando de um dos pontos de maior nitidez do planeta para a observação de astros. Contudo, a produção e estudo que gerou essa imagem infravermelha é fruto do trabalho liderado por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Se trata de um programa de observações múltiplas do telescópio Hubble e da sonda espacial Juno (que orbita Júpiter). O infravermelhos foi utilizado para ver através de todos os gases que envolvem Júpiter, tornando a observação de sua superfície possível em detalhes nunca antes vistos.

O objetivo deste estudo é compreender como funciona o clima em Júpiter com sua atmosfera repleta por diversos gases. Nesse planeta, tempestades incessantes de até mesmo séculos podem ser desencadeadas em sua atmosfera, e seu sistema climático ainda é repleto de mistérios.

Curiosidades sobre o planeta:

O planeta Júpiter é o maior em diâmetro do Sistema Solar e é 300 vezes maior que o nosso planeta Terra. Além disso, Júpiter demora 12 anos terrestres para dar uma volta em torno do Sol, mas sua rotação demora somente 10 horas terrestres, ou seja, seu dia possui apenas 10 horas. A composição desse planeta é repleta de hidrogênio e hélio, similar a uma estrela sem estar em combustão. O campo magnético do planeta é particularmente forte e isso pode ser resultado da presença de hidrogênio comprimido ao ponto de se assimilar a um metal. O planeta possui fortes ventos e o vermelho que vemos nele se trata de uma gigantesca tempestade em vórtice que chega a ser maior que a própria Terra.