A Samsung está planejando encerrar gradualmente a produção de SSDs com interface SATA, com a saída definitiva prevista para começar a partir de 2026. Pelo menos é isso o que divulgou o canal Moore’s Law Is Dead, conhecido por antecipar movimentações estratégicas do setor de hardware. Segundo o youtuber, fontes ligadas à cadeia de fornecimento afirmam que a Samsung deve interromper totalmente a fabricação desse tipo de SSD.
SATA é antigo, mas ainda sustenta boa parte do mercado
À primeira vista, a decisão parece lógica. O mercado de PCs e notebooks mais novos já migrou quase completamente para SSDs NVMe, muito mais rápidos, enquanto servidores e soluções corporativas avançadas utilizam SAS. Nesse cenário, o SATA pode parecer uma tecnologia em fim de vida.
Mas a realidade do mercado é mais complexa. Em 2025, SSDs SATA seguem extremamente relevantes, especialmente em PCs de entrada, upgrades de máquinas antigas, notebooks mais simples e até soluções de armazenamento externo. No varejo online, eles continuam figurando entre os produtos mais vendidos.
E a Samsung não ocupa um papel secundário nesse segmento. De acordo com estimativas citadas no relatório, cerca de 20% dos SSDs mais vendidos em grandes varejistas ainda utilizam interface SATA, muitos deles fabricados pela própria Samsung. Ou seja, uma eventual saída da empresa não seria apenas simbólica, mas realmente deve ficar mais difícil encontrar esse tipo de modelo no mercado.
SSDs NVMe devem ficar mais caros
Caso a Samsung realmente abandone esse mercado, o efeito pode não se limitar apenas aos SSDs SATA. A redução de oferta de um dos maiores fabricantes do mundo pode fazer com os preços disparem, inclusive em outros segmentos, como SSDs NVMe de entrada.
Essa projeção está alinhada com o movimento recente da Samsung que já teria promovido aumentos expressivos nos preços da DDR5, enquanto a Micron decidiu abandonar o mercado de memória para consumidores, priorizando chips voltados para IA e data centers.
O que pode acontecer a partir de 2026
Nada foi confirmado oficialmente pela Samsung até agora. Ainda assim, se a saída se concretizar, o cenário provável é de SSDs SATA mais caros e menos disponíveis nos próximos anos. Marcas concorrentes podem até preencher parte desse espaço, mas dificilmente com o mesmo volume e estabilidade de produção.