A sonda OSIRIS-REx, há uma semana, chegou ao asteroide Bennu, após dois anos de viagem. A sonda irá procurar pelo local mais adequado em sua superfície, de onde deverá coletar amostras de rochas e trará para estudos na Terra. Antes de qualquer coisa, a OSIRIS-REX conseguiu descobrir que existe água no pequeno asteroide.

A missão é liderada por cientistas da Universidade do Arizona, e os resultados foram apresentados na segunda-feira (10), em que revelam que dois espectrômetros da sonda revelaram a presença de hidroxilas no asteroide. As hidroxilas são moléculas que contam com oxigênio ligado a átomos de hidrogênio, sendo que a equipe suspeita que tais hidroxilas estão em todo o asteroide, assim sendo, em algum momento o material rochoso interagiu com água.

"Essa descoberta pode fornecer uma ligação importante entre o que achamos que aconteceu no espaço com asteroides como Bennu, e o que vemos nos meteoritos que os cientistas estudam em laboratório. É muito emocionante ver esses minerais hidratados distribuídos pela superfície de Bennu, porque isso sugere que eles são parte intrínseca da composição do asteroide, e não apenas borrifados em sua superfície por um impactador", explicou Ellen Howell, pesquisadora sênior do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade da Califórnia e membro da equipe de análise espectral da missão.

Amy Simon, cientista da NASA, diz que a "a presença de minerais hidratados no asteroide confirma que Bennu, um remanescente desde o início da formação do Sistema Solar, é um excelente espécime para a missão OSIRIS-REx estudar a composição de voláteis primitivos e orgânicos".

"Nossos dados iniciais mostram que a equipe escolheu o asteroide correto como alvo da missão OSIRIS-REx. A espaçonave está saudável e os instrumentos científicos estão funcionando melhor do que o necessário. Agora é a hora de começar a aventura", diz Dante Lauretta, principal pesquisador da missão.

A sonda OSIRIS-REx deve fazer a sua primeira inserção orbital em 31 de dezembro, permanecendo em órbita até fevereiro de 2019.

Fonte: NASA