A pesquisa é uma parceria entre estudiosos americanos e franceses, da Universidade de Wyoming, nos Estados Unidos e da Universidade Pierre and Marie Curie, na França. O coautor do estudo, Jean-Baptiste Mouret, da (UPMC) declarou o seguinte para a Agência France Press - AFP: "Ao desenvolvermos nosso software, tínhamos em mente que robôs deveriam sobreviver em ambientes hostis, como em um desastre nuclear idêntico ao ocorrido em Fukushima, no Japão; se nós enviarmos robôs, eles precisam continuar sua tarefa mesmo quebrado e não pararem no meio do trabalho, ficando inativos"

Vale lembrar que animais e humanos se adaptam muito rapidamente às lesões, como por exemplo, os cachorros, que são capazes de pegar um frisbee mesmo com três pernas quebradas. Um homem mesmo com uma torção no tornozelo é capaz de encontrar uma solução para se locomover. Para resolver esse "problema", os estudiosos franceses e norte-americanos criaram um software que permite aos robôs danificados analisar seu estado e assim procurarem soluções para se movimentar e resolverem da melhor maneira possível seus problemas e com isso seguir com suas tarefas. Isso tudo em questão de poucos minutos.

Para o líder do estudo, Antonie Cully, com essa nova tecnologia os robôs passam a se tornarem cientistas: "Quando danificado, o robô se torna um cientista; por sua programação, ele começa a testar certas coisas que podem vir a acontecer. Na grande maioria das vezes, essas previsões consideram que o equipamento esteja sem danos, assim sendo, ele tem que descobrir quais destas ainda funcionam e não apenas na realidade, mas considerando seus defeitos".

Cully ainda descreve dizendo o seguinte: "Cada comportamento testado pelo robô é considerado como um experimento, se um deles não funciona, o mesmo é inteligente o suficiente para descartá-los e procurar outra opção".

Para demonstrar a validade de seu software, os cientistas apresentaram um robô de seis patas de 50 centímetros de largura, que sofreu cinco danos diferentes, entre esses danos, a falta de perna, perna quebrada, braço robótico com articulações quebradas de 14 maneiras diferentes e outros problemas e mesmo assim o robô foi capaz de solucionar as questões.

Confira aqui o vídeo da demonstração:

 

Fonte: terra.com.br/ info.abril.com.br/ parana-online.com.br