O NFC (Near Field Communication ou Comunicação entre Áreas Próximas trata-se, basicamente, da troca de informações por meio de uma conexão sem fio. O que o diferencia das outras formas de transmissão de dados sem fio, como Bluetooth e Wi-Fi, por exemplo. É que o NFC não necessita de transtornos como procurar outros aparelhos ao alcance, estabelecer a conexão através de senhas e tudo mais. Com este, basta aproximar os aparelhos, ou encostá-los, e, após somente uma confirmação na tela, os aparelhos estão sintonizados. Estes dispositivos podem ser diversos, como celulares, cartões, tablets, crachás, entre outros, desde que possuam o chip NFC, responsável pela emissão do sinal.

Essa tecnologia vem sendo utilizada para diversas tarefas distinta, desde simples transmissões de um aparelho para outro, até pagamentos realizados entre aparelhos celulares e outras máquinas. Porém, para que seja possível essa conexão é necessária uma aproximação realmente curta entre as superfícies dos objetos que queira sincronizar, evitando, assim, uma conexão acidental. E esta distância a que se referimos fica em torno de, no máximo, 10 centímetros.

O que é NFC?

Na maioria das transmissões de arquivos, depois de estabelecida a conexão entre os dispositivos através do NFC, a mesma passa a ser feita por meio de outra sem fio, como Bluetooth, por exemplo, saindo o NFC de cena. Além disso, seu uso continua sendo cada vez mais frequente devida o sua simplicidade e facilidade de sincronização.

O que torna do NFC não muito conhecido e utilizado, é o fato de que o mesmo necessita de um chip específico para funcionar, não consiste apenas em um aplicativo que pode ser instalado no aparelho. Contudo, acabou atraindo o interesse de marcas como Samsung, Visa, Microsoft e Nokia, devido ao seu amplo leque de utilidades e funcionalidades e, também, porque é de extrema praticidade para os seus usuários, possibilitando a todas as pessoas a usarem-no.

Alguns obstáculos que poderão ser encontrados, no que tange a disseminação e popularização do NFC, é o fato de que hoje esta tecnologia ser encontrada apenas em poucos e sofisticados aparelhos, como, por exemplo, o Lumia 920 e o Galaxy SIII. Devido a necessidade do chip para funcionamente, fica inviável a implatação deste em aparelhos mais antigos. Portanto, poderá haver certa demora até os chips serem acoplados aos novos smartphones.

O que é NFC?

Outro obstáculo observado, também, reside no fato da velocidade de adquirir esta tecnologia, por parte dos fabricantes, ser muito lenta. Entre as grandes empresas voltadas à tecnologia, Samsung e Nokia estão entre as que mais apostam no NFC. Já a Apple, até hoje, não incluiu o NFC em nenhum de seus aparelhos. No entanto, analistas apontam que, devido a popularização desta tecnologia, a Apple passe a integrar o NFC ao seus aparelhos futuramente.

Como surgiu

Até certo ponto, o NFC baseia-se no RFID (Radio-Frequency Identification), que consiste em uma transmissão/comunicação entre dois aparelhos à longa distância, através da radiofrequência. Nesta tecnologia, somente um dos aparelhos traz uma fonte de energia e age ativamente, buscando informações no outro, que não necessita de uma fonte de energia própria para funcionar. Já no Near Field Communication, o seu campo de alcance é bem menor, o que proporciona uma maior segurança para os seus usuários, evitando que outros tenham acesso a suas informações sem o seu consentimento.

Contudo, não é por acaso que o Japão seja um dos países pioneiros na adoção do NFC, pois a tecnologia tomou forma no ano de 2002, através da holandesa Philips e da japonesa Sony. O objetivo era, desde o início, fazer com que a tecnologia fosse acoplada à dispositivos móveis em geral, isto é, celulares, câmera digitais, notebooks, etc.

As duas empresas na época estavam determinadas a promover o NFC, pelo fato de terem apresentado suas especificações à ECMA International, entidade resposposável pela padronização de sistemas de comunicação e informação. Após algum tempo voltados para questões técnicas, a NFC recebeu reconhecimento pela norma ISO/IEC 18092 em 2003.

Porém, o produto só começou a se expandir e ganhar relevância em meados do ano de 2004, quando foi criada a NFC Forum, organização que reúne hoje cerca de 150 empresas que se interessam pelo desenvolvimento e utilização de aplicações baseadas em NFC. Entre elas estão: Google, PayPal, RIM, LG, American Express, Nokia, Samsung, Intel, NEC, Visa, Huawei e Qualcomm.

Onde podemos encontrar

O uso da NFC aqui no Brasil não é muito conhecido se utilizado por aparelhos celulares, mas encontramos esta tecnologia através de cartões magnetigos (que funcionam da mesma forma). No entanto, em países como o Japão, o seu uso é percebido no dia a dia da população, em sistemas de metrô, por exemplo, onde as passagens são compradas com a aproximação do aparelho celular às catracas. Assim, atividades corriqueiras e chatas do cotidiano, acabam ganhando um toque de tecnologia e inteligência.

Portanto, há inúmeras formas de usufruir deste benefício tecnológico. Muitos acreditam que este poderá vir a substituir os códigos de barra, ou até mesmo os cartões de crédito. Com isso, não seria necessário buscar por máquinas leitoras para saber o preço de um produto, bastando-se aproximar o mesmo ao celular. Enfim tudo de modo a melhorar e facilitar a vida das pessoas.

Veja neste vídeo algumas utilidades desenvolvidas a partir de NFC:

Há vários boatos em relação à inserção do NFC em diversos campos, como o que surgiu em relação a Visa, onde a mesma estaria testando na Europa um sistema de pagamento de metrô, similar ao de Tóquio, utilizando o último modelo do iPhone. Com isso, esperava-se também que a nova geração dos gadgets da Apple - iPhone, iPod Touch e iPad - contasse também com este sistema. Entretanto, a informação não foi confirmada pela Apple.

Caso algumas destas praticidades fossem empregadas aqui no Brasil, com certeza iria acelerar a inclusão da tecnologia no uso diário, transformando, em poucos meses, a forma como consumimos informações e produtos. O sucesso do NFC é bastante esperado, já que os custos de produção dos dispositivos que enviam dados são relativamente baixos.