Por este motivo que escrevo, para trazer aqui, as diferenças entre os cursos de Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de informação. Para demonstrar o que um profissional graduado fará quando receber o tão sonhado diploma.

Você sabia que a profissão de TI não tem regulamentação? Você é a favor disto ou contra? Veja este artigo que escrevemos tratando do assunto que é um tanto polêmico.

Pois bem, por onde que deveríamos começar a definir o plano de ação? Qual seria o curso ideal para você? Minha resposta, começa apresentando o que cada uma das graduações e cursos técnicos podem ensinar. Vamos lá?

Ciências da Computação

A escolha da grande maioria dos universitários na área de tecnologia da informação. Verdade que é também a grande escolha da maioria das universidades, portanto, oferecida a mais alunos. O curso de Ciências da Computação, como o nome já diz, vai formar um cientista, bacharel em Ciências da Computação.

É a graduação que estuda as técnicas, metodologias e instrumentos computacionais. Faz automatização de processos e desenvolve soluções computacionais baseadas nos mais diversos problemas encontrados em todas as áreas de atuações de profissionais. O cientista da computação trabalha também com processamento, redes e bancos de dados, protocolos de comunicação entre redes, modelagem de dados e outras especializações da área.

A principal tarefa de um cientista da computação é tornar o problema do cotidiano de outro profissional um software.

O profissional deste curso pode se tornar administrador de banco de dados, analista de sistemas, analista de redes, analista de segurança, gerente de TI, programador, entre mais algumas áreas de atuação. Confira também o nosso artigo sobre áreas de atuação em informática e tecnologia, ele apresenta as atividades exigidas por cada uma das profissões.

O curso de ciências da computação

A graduação começou a surgir no país no final da década de 1960, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1968. A duração média nas universidades é de 4 anos. A faculdade exige muito raciocínio lógico, diria que é primordial ter conhecimento nesta área. O principal fundamento para transformar um problema em um software computacional.

Mercado de trabalho

O que dizer, o mercado de trabalho para o profissional de tecnologia da informação continua de vento em popa. O desenvolvimento de softwares carece de muita mão de obra. O profissional poderá trabalhar como funcionário em software houses, empresas que produzem softwares para outras empresas, ou contratado diretamente por uma empresa, o que hoje em dia está mais comum, visto que as empresas buscam redução de custos. Contratar um profissional para si, pode por muitas vezes se tornar mais barato que terceirizar o serviço. Além das duas formas acima, pode ainda abrir seu próprio negócio.

Engenharia da computação

O Engenheiro da computação tem seu trabalho mais voltado a parte de hardware, é ele quem elabora dispositivos computacionais para operar em conjunto com software e tornar este processo todo um produto final. Assim como o Cientista da Computação, o Engenheiro também precisa ter conhecimentos de programação, principalmente para criar o software de seu hardware, caso o faça sozinho. Além de tudo acima citado, o engenheiro ainda pode seguir para o ramo que lida com a realização de projetos e construção de computadores, microchips e processadores. Lembrando que o curso de Engenharia de Computação não foca no desenvolvimento de computadores de uso pessoal e sim de sistemas de computação em geral.

Algumas graduações de engenharia da computação têm ênfase em engenharia de software, invertendo assim o papel deste profissional, tornando-o muito mais um organizador de grandes projetos. Será responsabilidade dele escolher quais linguagens usar para resolver os problemas, quais servidores e sistemas comprar. É necessário verificar a ementa das disciplinas para ver o enfoque do curso.

O curso de engenharia da computação

A duração média do curso é de 5 anos. No Brasil, o curso surgiu como uma especialização do curso de Engenharia Elétrica, unindo com disciplinas do curso de ciência da Computação. Adicionado as universidades no início dos anos 1990, o curso exige muito conhecimento em física, eletrônica, circuitos lógicos, programação.

Mercado de trabalho

A área de tecnologia demanda cada vez mais de profissionais, do setor automobilístico à telefonia. Além do emprego em grandes empresas, estrangeiras e nacionais, uma tendência marcante é o empreendedorismo. Na indústria, sempre que o país atravessa um bom período econômico, ocorre investimentos na linha de produção - o que inclui a contratação de mão de obra especializada para trabalhar com máquinas sofisticadas. Este bacharel é requisitado para desenvolver softwares que auxiliem o andamento das indústrias e para criar equipamentos. Além da fabricação de hardwares, de sistemas embarcados, automação industrial e robótica (projetar robôs, sistemas digitais e computadorizados para fábricas), gerenciamento de rede de computadores, telecomunicações (interligação entre redes de telefonia), e muitos outros.

Sistemas de Informação

Outro curso que adentra a nossa lista é o de Sistemas de Informação, ele visa a aplicação da computação nas organizações. O bacharel em Sistemas de Informação tem sua formação focada, principalmente, para o desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação voltados à administração dos dados organizacionais, capturando, armazenando e tratando-os segundo os critérios estabelecidos pelos processos vigentes na organização, como ferramenta de apoio às áreas operacional, tática e estratégica.

Existem três ciclos dentro do curso, o básico que demonstra o geral da computação, assim como nos outros dois acima citados, o ciclo de programação e sistemas, onde o aluno aprende a área de programação e instalação de sistemas, e o ciclo final de administração, que traz ao aluno a convivência e aprendizagem organizacional, formando assim um profissional com conhecimentos administrativos suficientes para compreender as necessidades das empresas e transformar em software os problemas encontrados.

O curso de Sistemas de Informação

A duração média do curso é de 4 anos. O aluno deve gostar assim como nas demais de raciocínio lógico, cálculos matemáticos, organização de banco de dados e programação. A maioria das instituições de ensino exigem estágio.

Mercado de trabalho

O profissional de TI ainda está escasso, o Bacharel em Sistemas de Informação, pode trabalhar em empresas gerindo a área de TI ou desenvolvendo aplicativos e softwares, agências de internet criando websites, dar aulas de informática para escolas de ensino fundamental, médio ou técnico, e em software houses como o Cientista da Computação.

Por onde começar?

Devidamente apresentados os três cursos de graduação, você deve estar se deparando com a pergunta, qual escolher? Não é mesmo?

Direi que é difícil escolher, muito difícil. É muito do gosto pessoal de cada um. Tem pessoas que gostam mais de hardware, diria que o correto neste caso seria seguir para a Engenharia da Computação, tem pessoas que gostam mais de programar softwares, neste caso, Ciência e Sistemas competem. Depende o tipo de software que a pessoa tem afinidade. Se prefere trabalhar com internet, criação de sites e sistemas para web, aconselho Sistemas de informação. Se prefere pegar mais pesado com programações desktop como Java, C# e afins, Ciência vai ser o caminho.

Minha experiência pessoal foi a seguinte: A universidade de minha cidade, oferecia Ciência e Engenharia, como minha vontade era programar, segui para Ciência. Sempre tive interesse por internet, a web me encanta. A base do sistema e as primeiras versões do Oficina da Net, foram programadas por este que vos escreve. Comecei a gostar demais das linguagens de programação estruturadas para internet, principalmente PHP, esta que até curso criei aqui no Oficina da Net PREMIUM. Acabei me desinteressando pela faculdade, confesso. Eu precisava muito mais de ensino voltado à internet, o curso não me supria esta necessidade. Foi então, que depois de um tempo trabalhando, com minha empresa já formada, decidi por largar a academia.

Não aconselho você parar de estudar. Jamais. Até por que continuo estudando, nunca parei. Sempre estou em busca de novos conhecimentos. Fiz bastante cursos e aprendi com as pesquisas, certamente mais do que horas sentando em frente a conteúdos que não estavam indo de acordo com minhas carências. Se ainda a universidade oferecesse o curso de Sistemas de Informação, teria eu trocado com maior gosto. Mas não.

Enfim, minha história acadêmica não é nem de longe bonita de se contar, vi meus colegas se formando, três hoje trabalham comigo, um deles meu sócio. Fiquei muito feliz por eles quando se formaram.

Acredito fielmente na academia, mas se posso lhe aconselhar algo que nunca entrou em minha cabeça é: Não estude o que você não gosta, ou gostaria de ser como profissional. Se suas afinidades vão mais para a área de hardware, busque uma universidade que lhe contemple isto, você vai adorar as matérias de robótica, inteligência artificial e afins. Se tem interesse maior em programar para web, assim como eu, procure sistemas de informação. Indico também ler o artigo que falamos sobre 5 dicas para começar a carreira em TI.

Faça algumas matérias, sempre poderá ainda optar pela troca de curso. Mas jamais vá até o fim, se não gostar do que está aprendendo. Este tempo pode ser amargo.

Lembre-se, faça o que você tem mais afinidade, que é mais prazeroso. Depois de formado, as segundas-feiras serão dias de alegria e não tristeza. 

Comente abaixo as suas experiências, dúvidas e conselhos, vamos debater este assunto que é bastante conturbado.