O Spotify está prestes a reajustar novamente o valor das assinaturas, desta vez nos Estados Unidos. A informação foi antecipada pelo Financial Times, que ouviu fontes ligadas à operação global da empresa e afirma que o aumento deve acontecer já no primeiro trimestre de 2026. Por enquanto, a mudança é apenas nos EUA, mas esse movimento não surpreende quem acompanha o setor e deve chegar a mais países.
Por que o Spotify vai aumentar os preços?
Além da pressão da inflação mundial, as grandes gravadoras têm cobrado reajustes mais frequentes nos serviços de streaming, alegando que o preço das assinaturas ficou defasado ao longo dos últimos anos. O Spotify já havia elevado seus valores em diversos países em agosto deste ano, incluindo regiões do Sul da Ásia, Oriente Médio, África, Europa e América Latina.
Nos Estados Unidos, o último aumento aconteceu em junho de 2024, quando o plano individual passou a custar US$ 11,99 por mês. Hoje, a plataforma oferece ainda outras três opções pagas: Estudante (US$ 5,99), Duo (US$ 16,99) e Família (US$ 19,99), cada uma com benefícios específicos voltados para diferentes perfis de usuários.
E é aqui que entra a parte que interessa ao Brasil: mesmo que a informação do FT trate apenas do mercado norte-americano, o histórico recente mostra que o Spotify vem seguindo um padrão global de reajustes. Ou seja, se o aumento nos EUA realmente acontecer no começo de 2026, a tendência é que ele não demore para chegar ao Brasil.
Por aqui, inclusive, o último aumento aconteceu em agosto de 2025, quando todos os planos subiram de preço:
- Universitário: de R$ 11,90 para R$ 12,90
- Individual: de R$ 21,90 para R$ 23,90
- Duo: de R$ 27,90 para R$ 31,90
- Família: de R$ 34,90 para R$ 40,90
O plano Família, que é o mais caro e oferece até seis contas Premium na mesma residência, foi também o que teve o reajuste mais agressivo. A assinatura inclui controle parental, perfis independentes e playlists compartilhadas e mesmo assim foi alvo de críticas pela alta expressiva de quase 17%.
Spotify libera áudio lossless para assinantes Premium
Depois de anos de promessas e atrasos, o Spotify finalmente começou a liberar o tão aguardado áudio lossless para seus assinantes do plano Premium. O recurso, que vinha sendo cogitado na plataforma desde 2017, chega sem custo adicional e já está sendo distribuído em mais de 50 países, com previsão de conclusão até outubro. Por enquanto, a novidade ainda não está disponível no Brasil.
Com a novidade, o Spotify passa a oferecer faixas em FLAC de até 24-bit/44,1 kHz, formato que garante reprodução sem perdas em relação ao arquivo original. Na prática, isso significa músicas com mais detalhes de timbre, dinâmica e clareza, sem os artefatos típicos da compressão em formatos como OGG ou AAC.
A empresa recomenda ouvir via Wi-Fi ou cabos, já que o Bluetooth tradicional não transmite lossless. No lançamento, há suporte a dispositivos de marcas como Sony, Bose, Samsung e Sennheiser, além de integração com Sonos e Amazon prevista para o próximo mês.