Durante o evento, um garoto de 14 anos, que não teve o nome revelado, invadiu o sistema de um carro, cuja marca também não foi revelada, utilizando equipamentos comprados por menos de 15 dólares. Conectado ao sistema do carro, ele conseguiu destravar suas portas, ativar o sistema de limpadores de para-brisa e ter acesso até mesmo ao sistema de ignição do veículo.

De acordo com Anuja Sonalker, cientista chefe responsável pela organização do evento sobre cibersegurança, as montadoras que estavam presentes no evento perceberam que a barreira criada pela segurança de seus carros é bem menor do que a imaginada, e que não é necessário ser um engenheiro para rompê-la, já que até uma criança com 14 dólares consegue. Segundo ela, é impossível prevenir de maneira definitiva esse tipo de invasão, mas é crucial encontrar uma maneira de minimizar os danos e consequências que decorrem disso. "Poderemos não acertar de primeira, mas uma cooperação entre diversos agentes é a melhor forma de encarar esse problema", diz Sonalker.

O caso lembra muito o da menina de 7 anos que invadiu uma rede Wi-Fi em 10 minutos, na Inglaterra. Acontecimentos como esses surgem num momento importante para a indústria automobilística, que está investindo cada vez mais em carros conectados, e mesmo para as empresas de tecnologia, que também vem desenvolvendo seus próprios veículos.